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Bolsonaro passa por exames para investigar suspeita de câncer de pele

11 dez 2019 - 20h35
(atualizado em 12/12/2019 às 05h20)
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"Tenho pele clara, pesquei muito na minha vida, gosto de muito de atividade, então a possibilidade de câncer de pele existe", disse o presidente após ser submetido a procedimento de retirada de sinal na orelha.O presidente Jair Bolsonaro foi submetido nesta quarta-feira (11/12) a exames dermatológicos no Hospital da Força Aérea Brasileira (HFAB), em Brasília. Depois do procedimento, ele disse que existe a possibilidade de ter um câncer de pele.

"Foi rotina. Eu tenho pele clara, pesquei muito na minha vida, gosto de muito de atividade, então a possibilidade de câncer de pele existe", disse Bolsonaro pouco antes de entrar no Palácio da Alvorada.

O presidente ainda exibiu um curativo na orelha esquerda. Ele afirmou que dormiu durante o procedimento de retirada de um sinal.

Ainda nesta quarta-feira, Bolsonaro cancelou um compromisso marcado em Salvador por recomendação médica. "Foi questão de estafa. Eu sabia que não ia ser fácil (ser presidente)", acrescentou. No entanto, viagens previstas para Tocantins e o Rio de Janeiro na quinta-feira foram mantidas.

Em setembro, Bolsonaro ficou internado por oito dias em um hospital de São Paulo após ser submetido a uma cirurgia para correção de uma hérnia incisional. Foi a quarta operação desde que o presidente sofreu um facada durante a campanha de 2018. A hérnia desenvolvida por Bolsonaro decorreu do ferimento da facada e das cirurgias posteriores.

Bolsonaro foi alvo de um ataque com faca em 6 de setembro do ano passado, quando participava de um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Após o atentado, ele fez uma cirurgia inicial na Santa Casa de Juiz de Fora e depois uma segunda, em São Paulo. Ele permaneceu três semanas internado e recebeu alta no final de setembro de 2018.

Em janeiro, já ocupando a Presidência, ele foi novamente submetido a uma cirurgia para a retirada de uma bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal.

O agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso logo depois do atentado. Em maio, um juiz da 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora decidiu que Adélio Bispo não poderia ser punido criminalmente em razão de sofrer transtorno mental. A decisão foi tomada com base em avaliações psiquiátricas, inclusive com uma entrevista feita por um médico indicado pela defesa de Bolsonaro. A investigação da Polícia Federal concluiu que ele agiu sozinho.

No mês seguinte, o juiz aplicou em Adélio o mecanismo da "absolvição imprópria", previsto quando uma pessoa não pode ser condenada por ser inimputável, e determinou a internação do agressor por tempo indeterminado na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).

Bolsonaro, que desde o atentado alimentava dúvidas sobre as conclusões do inquérito da PF e sugeria que Adélio fazia parte de uma conspiração, dizia que pretendia contestar a sentença, mas não apresentou nenhum recurso dentro do prazo.

JPS/ots

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