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Bolsonaro atribui eleição a milagre e diz que recebeu missão de Deus

11 abr 2019 - 14h51
(atualizado às 15h42)
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira em evento com evangélicos que considera um milagre ter sido eleito presidente no ano passado e afirmou que considera sua eleição uma missão recebida de Deus.

Presidente Jair Bolsonaro discursa durante cerimônia em Brasília
11/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro discursa durante cerimônia em Brasília 11/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em rápido discurso para um grupo de ao menos 100 líderes evangélicos do Brasil e do exterior, liderado pelo pastor Silas Malafaia, em um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que até em sua casa havia dúvidas sobre se ele poderia vencer a eleição. Também participaram do encontro os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"Cheguei a essa condição que cheguei, que quase ninguém acreditava --até lá em casa tinha problema... Mas conseguimos chegar quase que por um milagre. Vou dizer: é um milagre, sim, no meu entender, perto do que nós tínhamos e os outros tinham", disse o presidente em discurso.

"Mas esse milagre é o que eu chamo de missão de Deus. Essa missão, com os senhores e com o povo de bem do Brasil, nós a cumpriremos e o Brasil chegará, sim, a um porto seguro", acrescentou.

No discurso aos evangélicos, Bolsonaro lembrou a viagem recente que fez a Israel e voltou a citar o país como um exemplo a ser seguido pelo Brasil. Ele lembrou ainda a visita que fez ao museu do Holocausto e, se referindo ao assassinato de 6 milhões de judeus pelo regime nazista, defendeu que pode-se perdoar, mas jamais esquecer.

"Fui mais uma vez ao museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer", disse. "Quem esquece o passado, está condenado a não ter futuro. Se não queremos repetir a história, que não foi boa, vamos evitar com atos que se repita."

Bolsonaro também voltou a dizer em seu discurso que Israel tem o direito de escolher sua capital. Durante a visita que fez ao país, o presidente anunciou a abertura de um escritório comercial do governo brasileiro em Jerusalém, cidade cuja parte oriental os palestinos querem como capital de seu futuro Estado.

A medida gerou ruídos com israelenses, que esperavam que Bolsonaro cumprisse uma promessa de campanha e mudasse a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém e desagradou países árabes, grandes compradores de produtos brasileiros, especialmente na área agrícola.

No discurso aos evangélicos, Bolsonaro também lembrou que jantou na quarta-feira com embaixadores e lideranças de países islâmicos e afirmou que quer manter boas relações com essas nações.

"Eles mantêm negócios bilionários conosco e, na minha fala, falei para eles que nosso relacionamento comercial seja fortalecido e que se transforme cada vez mais em paz, harmonia e amor", discursou o presidente.

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