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Blocão formaliza apoio a Alckmin e busca nome para vice com desistência de Josué Gomes

26 jul 2018 - 13h37
(atualizado às 15h10)
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O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, recebeu formalmente o apoio do chamado blocão --formado por PP, DEM, PR, PRB e SD-- nesta quinta-feira, mas sem uma definição do nome que vai compor a chapa presidencial como candidato a vice.

Alckmin, em reunião com blocão  26/7/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Alckmin, em reunião com blocão 26/7/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O empresário Josué Gomes, que foi indicado pelo grupo para ser o vice do tucano, recusou o convite, alegando motivos pessoais.

Logo após o anúncio do apoio, em um hotel em Brasília, Alckmin disse que não há pressa para a definição do vice, já que a convenção do PSDB será realizada apenas em 4 de agosto, e que a escolha do nome será uma decisão coletiva.

"Agora vamos nos debruçar na questão do vice", disse o ex-governador de São Paulo, comentando que acabava de receber formalmente o apoio do grupo de partidos.

"O vice é uma decisão coletiva, não temos pressa, temos até o dia 4 de agosto, que é a data da convenção", disse. Alckmin afirmou não ter preferências, mas reconheceu que a escolha deverá complementar a chapa.

Os líderes do blocão, no entanto, se reuniram em seguida na casa do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já para tratar do assunto.

Sem consenso para indicar um vice após a desistência de Josué, os líderes do blocão decidiram nessa reunião designar o presidente do DEM e prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, para negociar com o candidato tucano o novo nome para o cargo.

Além dos cinco partidos do blocão, Alckmin também já tem acertado o apoio de PTB, PSD, PPS e PV. Segundo ACM Neto, as conversas irão incluir todos esses partidos.

"Vamos tratar agora de critérios e perfis, não vai se tratar agora deste ou daquele nome. O que importa é buscar um nome que agregue", disse ACM Neto a jornalistas.

A negativa de Josué para a vaga chegou por carta aos presidentes dos partidos logo depois do evento no hotel. O empresário elogia a decisão dos partidos de apoiar Alckmin como "lúcida e acertada".

"Estou convicto... de que os partidos unidos neste momento em favor de um Brasil melhor indicarão candidato a vice-presidente capaz de agregar muito mais força eleitoral e conhecimento político do que eu para o cumprimento da importante missão", afirmou Josué na carta.

MAIA DESISTE

Integrantes do blocão dizem que o vice não pode vir do DEM, porque o partido ficaria com muito espaço na coligação, uma vez que a legenda já tem a promessa da manutenção de Rodrigo Maia na presidência da Câmara dos Deputados por mais um período de dois anos.

Maia não participou do evento para o anúncio formal de apoio a Alckmin, mas teve uma carta lida pelo presidente do DEM, na qual abriu mão oficialmente de sua postulação à Presidência da República.

"Arquivo, momentaneamente, a pretensão presidencial que vislumbrei para marcharmos juntos, em 2018, com o projeto que estamos construindo em torno de Geraldo Alckmin", afirmou Maia na carta.

O presidenciável tucano defendeu um "esforço conciliatório" para ganhar as eleições e governar o país e argumentou que a democracia, a economia e as conquistas sociais se fortalecem quando o país busca a "pacificação".

"Essa não é uma tarefa para uma pessoa ou um partido, é uma tarefa coletiva", disse o tucano, em discurso após a formalização do apoio.

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