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"Ataque às instituições causou ditaduras", alerta Barroso

25 mai 2020 - 19h13
(atualizado às 19h24)
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O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse nesta segunda-feira que ataques destrutivos às instituições já levaram o Brasil a duas longas ditaduras, ao defender o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) como intérprete final da Constituição, em discurso de posse recheado de recados.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. 17/04/2018. REUTERS/Adriano Machado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. 17/04/2018. REUTERS/Adriano Machado.
Foto: Reuters

"Hoje, vivemos sob o reinado da Constituição, cujo intérprete final é o Supremo Tribunal Federal. Como qualquer instituição em uma democracia, o Supremo está sujeito à crítica pública e deve estar aberto ao sentimento da sociedade", disse.

"Cabe lembrar, porém, que o ataque destrutivo às instituições, a pretexto de salvá-las, depurá-las ou expurgá-las, já nos trouxe duas longas ditaduras na República. São feridas profundas na nossa história, que ninguém há de querer reabrir", completou ele, que também integra o STF.

O presidente Jair Bolsonaro, que participou da solenidade por videoconferência, mas não discursou, tem feito nas últimas semanas críticas a decisões de ministros do STF e já esteve presente a atos em que manifestantes defenderam pautas antidemocráticas, como o fechamento do Supremo e do Congresso Nacional.

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