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Aliados de Temer articulam encerrar debate na CCJ e acelerar denúncia contra presidente

12 jul 2017 - 20h06
(atualizado às 21h34)
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Aliados do presidente Michel Temer articulam nos bastidores um acordo para tentar encerrar a fase de debates na CCJ da denúncia contra o peemedebista e acelerar a votação do pedido sobre se a Câmara autoriza o Supremo Tribunal Federal a julgar a acusação criminal, apurou a Reuters com duas fontes com conhecimento da articulação.

Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília
12/07/2017 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília 12/07/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A ideia é tentar acabar com a fase de discussão do parecer do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), favorável a admissibilidade da denúncia, no momento em que houver um número igual de deputados que apoiam o texto de Zveiter e contrário a ela.

A lista de inscritos tinha inicialmente 23 contrários ao parecer e 63 favoráveis. Agora já passa de 100 inscritos. A argumentação dos que querem abreviar o debate é que, para que o processo tenha isonomia, os dois lados deveriam ter idêntico número de defensores das suas posições.

A fase de debates começou desde às 11h da manhã desta quarta-feira. Pela previsão original, se todos os potenciais inscritos falassem na CCJ, seriam mais de 40 horas de discussões.

Ainda não está definido se os aliados de Temer vão apresentar um requerimento para encerrar a fase de discussão. A iniciativa, entretanto, esbarraria em um acordo firmado pelo próprio presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), com os integrantes do colegiado antes do início da fase de debates. A previsão original, mais otimista, era votar o parecer na comissão na quinta-feira à noite.

Um dos vice-líderes do PMDB, deputado Carlos Marun (MS), disse à Reuters que ainda busca um acordo para tentar encerrar a fase de debates. Marun foi um dos aliados de Temer que desistiu de usar o seu tempo de inscrição para defender a rejeição da denúncia, outra manobra para encurtar as discussões na comissão.

Confiante de que tem votos para barrar o texto de Zveiter tanto na CCJ quanto no plenário, o governo quer acelerar a votação da denúncia e tentar apreciá-la em sua votação final até a sexta-feira na Câmara.

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