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Alckmin é única voz serena em meio a arroubos, diz presidente do PRB em convenção

1 ago 2018 - 17h25
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Em convenção partidária que selou o apoio do PRB à chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio do Planalto, o presidente licenciado do partido e principal liderança da legenda, Marcos Pereira, afirmou nesta quarta-feira que o pré-candidato tucano representa hoje a "única voz serena no meio de tanto arroubos, gritarias, paixões e contendas".

Presidente licenciado do PRB, Marcos Pereira, conversa com pré-candidato do PSDB à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, em Brasília
01/08/2018 REUTERS/Adriano Machado
Presidente licenciado do PRB, Marcos Pereira, conversa com pré-candidato do PSDB à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, em Brasília 01/08/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Alckmin personifica hoje a competência e a capacidade de dialogar com os opostos", disse Pereira, no ato realizado na Câmara dos Deputados que contou com a presença de Alckmin.

No discurso, Pereira destacou que o PRB decidiu retirar a pré-candidatura ao Planalto do empresário Flávio Rocha por entender que o país não está "totalmente preparado" para uma candidatura integralmente liberal na economia e conservadora nos costumes. Destacou que a retirada dessa candidatura se deu pela necessidade um nome mais robusto para "enfrentar extremos".

Pereira afirmou que não é com "mais populismo" que vai se resolver os problemas do país. "Não podemos nos arriscar a navegar nas águas desconhecidas. É hora de serenidade, competência, não é hora de inventar a roda", disse.

"Nós, os brasileiros e brasileiras, não podemos errar em outubro", afirmou. "Não tem super-herói, salvador da pátria, passe de mágica. Não se governa o Brasil com frases de efeito ou com bordões", reforçou.

Dirigindo-se a Alckmin, Pereira destacou que o PRB foi fundamental para que o blocão --grupo de partidos formado, além do PRB, por PP, DEM, PR e Solidariedade-- apoiasse a candidatura do tucano. O grupo estava próximo de fechar uma aliança com o candidato do PDT, Ciro Gomes, quando decidiu apoiar Alckmin.

Ao lembrar o fato de não ter tido participação nas decisões do governo Dilma Rousseff, apesar de ter sido aliado em 2014, o presidente licenciado do PRB fez um alerta a Alckmin ao cobrar a presença da legendas nas decisões de um eventual governo do tucano.

"Seguiremos aliados, porém não alienados. Seremos parceiros, nunca subservientes. Queremos participar das decisões do governo e ajudar a governar o Brasil com críticas construtivas", disse. "O PRB quer e pode contribuir com o seu governo", cobrou.

Em sua fala, anterior a de Marcos Pereira, o pré-candidato do PSDB fez questão de ressaltar que o fato de o PRB ter sido o primeiro dos partidos do blocão a defender o apoio ao seu nome ao Planalto. "Ele perseverou quando alguns queriam desanimar. É o que nós juntos acreditamos", disse.

O tucano afirmou que o país tem pressa e defendeu que é preciso voltar a gerar emprego e renda e que, para isso, é preciso recuperar a confiança. Para ele, o populismo leva a dificuldades na gestão das contas públicas.

"Extremismo não é caminho, é descaminho. Nós precisamos agir com absoluta responsabilidade e eu não tenho duvida que vamos conseguir recuperar o emprego e a renda", afirmou.

O líder do PRB na Câmara, Celso Russomanno (SP), defendeu a escolha de Alckmin. "O PRB entende que o seu nome é o melhor, nós precisamos construir segurança jurídica, estabilidade econômica para que de fato tenhamos um Brasil digno de ser o Brasil", disse.

Russomanno pediu ao tucano um "trabalho dedicado" para a área de saúde em seu plano de governo ao lembrar que o pré-candidato é médico e sabe o quanto o povo tem sofrido pelas carências nessa área.

O presidente em exercício do PRB, senador Eduardo Lopes (RJ), disse que o apoio do partido a Alckmin é "muito coerente". "Creio que a decisão muito coerente, buscando equilíbrio, nem para um lado nem para o outro. O que buscamos aqui é a coerência e o nosso presidenciável Geraldo Alckmin sintetiza isso: equilíbrio, gestão e responsabilidade", destacou.

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