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Alckmin é um "bom nome" para vice de Meirelles, diz Jucá

3 jul 2018 - 18h52
(atualizado às 19h50)
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O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou nesta terça-feira que o ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, poderia ser um vice na chapa do candidato emedebista ao Palácio do Planalto, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Romero Jucá durante cerimônia no Palácio do Planalto
12/04/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Romero Jucá durante cerimônia no Palácio do Planalto 12/04/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"O Alckmin é um bom nome", disse Jucá, em entrevista coletiva após reunião da Executiva do MDB, após ter afirmado que gostaria que o colega de chapa de Meirelles seja alguém do PSDB.

O presidente do partido afirmou que não está "estudando o contrário", isto é, Meirelles ser vice numa chapa encabeçada por Alckmin e destacou que a posição da legenda é "manter" Meirelles candidato.

Os comentários de Jucá surgem após rumores de que Meirelles poderia se tornar vice de Alckmin na eleição de outubro. O pré-candidato do MDB está estacionado nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto, com no máximo 1 por cento de intenção de voto nas sondagens. Alckmin, por sua vez, soma no máximo 6 por cento de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada no mês passado.

Jucá afirmou que ainda não definiu quando vai ocorrer a convenção do MDB que pode confirmar a candidatura de Meirelles ao Planalto. Afirmou apenas que há uma proposta para que seja realizada na última semana de julho, no meio da semana, a fim de não se chocar com convenções estaduais do partido.

Também presente ao encontro, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que ainda é cedo para que haja uma conversa de partidos de centro para uma composição eleitoral. "Meirelles é candidatérrimo", disse ele, ao avaliar que a candidatura dele fortalece o partido nos Estados.

Padilha, entretanto, destacou que, mesmo se não houver um acerto no primeiro turno, na segunda etapa de votação ocorrerá. "Estaremos juntos", disse ele, sobre uma eventual composição com Alckmin, que também tem encontrado dificuldades de crescimento nas pesquisas.

RECURSOS

O presidente do MDB afirmou que a prioridade do partido é eleger deputados federais e senadores e que os recursos do fundo eleitoral serão prioritariamente usados com esse objetivo.

O partido terá direito a 234 milhões de reais do fundo eleitoral. Pelo rateio definido, que levará em conta número de eleitores e o tamanho das bancadas estadual e municipal, o MDB de São Paulo terá 4,5 milhões de reais, o do Rio 4 milhões de reais e o de Minas Gerais 3,6 milhões de reais para custear as campanhas dos parlamentares.

Nenhuma unidade da federação terá menos de 1 milhão de reais -- a que terá o menor repasse é a do Amapá, com 1,012 milhão de reais.

Após a reunião da Executiva, que definiu critérios de repartição desses recursos, Jucá afirmou ter ficado acordado que o próprio Meirelles vai bancar a sua campanha. Ele disse que o ex-ministro da Fazenda está "cumprindo bem" as ações nessa atual fase de pré-campanha e que o passo agora é ele garantir os votos para ser confirmado como o nome do MDB ao Planalto.

Há dentro da legenda quem prefira que o partido não tenha candidato à Presidência porque isso pode, por exemplo, eventualmente dificultar acertos regionais. O partido não lança candidatura própria ao Planalto desde 1994, com o ex-governador paulista Orestes Quércia.

Questionado se Meirelles poderia abrir mão da candidatura, Jucá disse que isso não está em cogitação. Destacou que ele tem equilíbrio e preparo para ser candidato e afirmou que não há um piso de votos para que ele tenha a garantia de ser o nome do MDB.

"Não fixamos uma meta (de votos para Meirelles)", disse. "Todos estão congelados nas pesquisas", completou ele, referindo-se às pré-candidaturas ao Planalto.

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirmou que os candidatos do MDB com maiores chances de vitória deverão ser agraciados com uma maior fatia de recursos do fundo eleitoral.

"A direção vai fazer uma avaliação das possibilidades dos candidatos para fazer um esforço no sentido de garantir a eleição do maior número de deputados federais, senadores, governadores e deputados estaduais. E o critério mais objetivo decorre das condições efetivas do candidato para ganhar eleição. Esses candidatos deverão ter uma cobertura muito mais sólida, robusta, do que aqueles que lutam com dificuldade", disse, na saída do encontro.

Moreira destacou ainda que os detentores de mandato do MDB devem ter vantagem sobre os demais filiados do partido.

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