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Advogado diz que homem que esqueceu mochila em Israel é inocente

10 nov 2010 - 23h45
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Gabriel Toueg
Direto de Tel Aviv

O comerciante Shmuel Shoel, envolvido no caso da recente detenção de três brasileiros em Tel Aviv, não tinha qualquer conhecimento sobre os 1,2 kg de haxixe apreendidos pela polícia israelense. Foi o que disse nesta quarta-feira o advogado dele, Luiz Augusto Diniz Alonso, recém-contratado para acompanhar o caso.

O rapaz é apontado por Lilian Lichewitz como a pessoa que pediu a ela para levar ao Brasil uma mochila "com bolos e chocolates". Segundo Lilian, ele teria esquecido a mochila em Israel em uma visita em outubro.

A mochila, na versão do comerciante, teria sido esquecida na casa de amigos brasileiros e os doces teriam sido comprados por Shoel em Israel. Alonso afirmou ao Terra que Shoel está perplexo com o caso. Na versão do advogado, seu cliente não tem qualquer informação sobre o que teria ocorrido com a mochila entre o momento em que foi esquecida em Israel e seu aparecimento no quarto dos Lichewitz, no hotel Metropolitan, de Tel Aviv.

O advogado se recusou a informar a identidade dos brasileiros com quem a mochila teria sido esquecida por Shoel em Israel. De acordo com a polícia israelense, a pessoa que deixou a mochila no hotel foi identificada com base em imagens do circuito interno do estabelecimento e já está detida. Sua identidade, porém, não foi revelada . "Meu cliente tem total interesse na investigação", disse Alonso.

Shoel foi detido em São Paulo na semana passada por porte de drogas, depois de ter sido abordado por um delegado de polícia que seria parente dos Lichewitz. Ao ser abordado, o rapaz tinha em seu poder pequena quantidade de maconha e objetos para consumo da droga, além de um livro em inglês sobre o cultivo da planta. "Como boa parte da juventude aqui no Brasil, meu cliente é usuário de drogas leves e já manifestou interesse de procurar tratamento para deixar a maconha", disse Alonso.

Inocência

O advogado de Shoel afirma que o rapaz acredita na inocência de Lilian Lichewitz e de seus pais, detidos no começo da última semana quando já estavam no avião que deveria levá-los de volta ao Brasil, momentos antes da decolagem. "Assim como envolveram o nome dela, ele (Shoel) acredita que envolveram o nome dele", disse Alonso. Mas o advogado não soube precisar se o rapaz acredita que tenha sido alvo de uma armadilha.

Em Israel

De acordo com os advogados de Lilian Lichewitz e dos pais dela, Victor e Elza, ainda não há novidades com relação à revogação da proibição de deixar Israel. O período de prisão domiciliar do casal terminou na tarde desta quarta-feira, mas Lilian continua sem poder deixar a residência dos parentes, em Bnei Brak, até a próxima quinta-feira. Embora tenha sido liberada depois dos pais, a garota não está proibida de deixar o país, como eles. A proibição vai até o início de dezembro.

Fonte: Especial para Terra
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