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Boulos vai presidir federação entre Rede e PSOL

Os dois partidos liberaram seus filiados para apoiar candidatos diferentes na disputa pelo Palácio do Planalto

24 mai 2022 - 09h26
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O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi escolhido nesta terça-feira, 24, pelo diretório nacional do PSOL, para presidir a federação construída com a Rede.

A decisão apenas referendou a escolha da executiva do partido. No acordo costurado com a Rede, o PSOL tinha a prerrogativa de indicar o presidente da federação. Boulos é também pré-candidato a deputado federal.

"A federação entre PSOL e Rede aprovará uma resolução sobre política de alianças que deve ser aplicada em todos os Estados, vetando partidos que compõem a base de apoio ao governo Bolsonaro e governos declaradamente de direita", afirmou o PSOL, em nota.

O pré-candidato Guilherme Boulos durante ato das centrais sindicais na praça Charles Muller, em São Paulo. O ex-presidente Lula também compareceu ao evento Foto:

Em 18 de abril, o PSOL já havia batido o martelo para a formação da federação com a Rede. O modelo oferece às siglas pequenas a chance de escapar da cláusula de barreira, dispositivo que restringe a atuação de um partido que não alcançar determinado porcentual de votos. Por outro lado, as duas legendas precisam atuar como uma só nos próximos quatro anos e não podem disputar cargos entre si nas eleições majoritárias.

Apesar disso, Rede e PSOL fizeram um acordo no qual os filiados dos dois partidos estarão liberados para apoiar candidatos diferentes na disputa pelo Palácio do Planalto. O PSOL já indicou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e quer a federação na formação do palanque, mas a decisão sobre uma participação de parlamentares psolistas em um eventual governo, no entanto, ficou para dezembro.

Boulos, que concorreu à Presidência em 2018, desistiu de disputar o governo de São Paulo para costurar a aliança com o PT. Parte da sigla resiste, contudo, à presença de Geraldo Alckmin (PSB) no palanque petista.

A Rede está dividida. O senador Randolfe Rodrigues já indicou que fará campanha para o petista, enquanto a ex-senadora Heloísa Helena defende Ciro Gomes (PDT). Oficialmente, a ex-ministra Marina Silva ainda não definiu quem vai apoiar em outubro. Em entrevista ao Estadão em março, disse precisar combater a "polarização perversa que levou o Brasil para essa guerra de fragmentação de ódio na política."

Estadão
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