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Bono condena xenofobia em Chemnitz

1 set 2018 - 10h38
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Durante show em Berlim, vocalista do U2 critica os tumultos no leste da Alemanha. "Essas pessoas não pertencem à Europa", afirma cantor. Grupos de extrema direita convocam novos protestos no fim de semana.O vocalista da banda de rock irlandesa U2 condenou duramente os tumultos de extrema direita em Chemnitz. "Essas pessoas não pertencem à Europa e a este país", afirmou o cantor Bono, de 58 anos, durante um show em Berlim na noite de sexta-feira.

Bono Vox, vocalista da banda U2
Bono Vox, vocalista da banda U2
Foto: DW / Deutsche Welle

Chemnitz tem vivido desde o último fim de semana sob um clima de crescente tensão, após seguidas manifestações no centro da cidade, convocadas por extremistas de direita.

Novos atos foram agendados para este sábado (01/09). Já pela manhã, centenas de pessoas se aglomeraram no centro da cidade, respondendo à convocação de grupos de esquerda e partidos políticos para eventos de protesto contra xenofobia e racismo.

O movimento populista de direita Pro Chemnitz convocou uma manifestação para a tarde, a ser seguida por uma passeata conjunta do partido populista de direita AfD e do movimento anti-islâmico Pegida.

Os protestos em Chemnitz começaram na madrugada de sábado para domingo, poucas horas depois do assassinato a facadas de Daniel H., de 35 anos, de nacionalidade alemã, em uma briga durante uma festa de rua lembrando o aniversário da cidade.

Dois refugiados, um sírio de 23 anos e um iraquiano de 22 anos, estão desde segunda-feira em prisão preventiva, considerados principais suspeitos pelo crime.

Após a notícia da morte de Daniel H., um grupo de hooligans convocou nas mídias sociais "fãs e simpatizantes" para se reunirem e mostrarem "quem manda na cidade". O chamado foi atendido por cerca de 800 pessoas, incluindo extremistas de direita violentos.

Foram registradas ameaças, agressões e perseguições a estrangeiros. A polícia não conseguiu manter o controle da situação. A festa da cidade foi encerrada quatro horas antes do previsto.

Na noite desta segunda-feira houve nova manifestação. Milhares de pessoas se reuniram no centro de Chemnitz, em duas passeatas opostas. A convocação da associação de extrema direita Pro Chemnitz foi atendida por cerca de 6 mil pessoas, segundo a polícia. À outra reunião, convocada pela esquerda, compareceram 1.500 pessoas. Mais uma vez, a polícia não conseguiu evitar confrontos. Vinte pessoas ficaram feridas, incluindo dois policiais.

A polícia abriu inquérito para investigar dez casos de extremistas que fizeram a saudação nazista, que é proibida na Alemanha.

MD/dpa/ots

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