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Bolsonaro quer garantia legal a quem reagir armado dentro de casa contra invasor

Presidente afirma que irá encaminhar projeto de lei ao Congresso; 'Dentro de casa, você tem de ser dono de você'

25 nov 2019 - 21h44
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 25, que vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei que dará garantias para o morador que estiver armado dentro de casa reagir contra um invasor. "Queremos garantia absoluta de que dentro da casa você pode tudo contra o invasor", disse.

Segundo o presidente, a medida é parte de um pacote de projetos que o governo deve enviar ao Congresso, composto também pela sugestão de excludente de ilicitude para agentes durante ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). "Não tem (como) o governador proporcionar segurança para todo mundo 24h. Dentro de casa, você tem de ser dono de você", disse Bolsonaro, sem detalhar o teor da proposta.

"Qualquer pessoa que entrar na sua casa, você pode ter o poder absoluto sobre ela", repetiu o presidente. As declarações foram feitas na noite desta segunda, 25, na volta de Bolsonaro ao Palácio da Alvorada, sob fortes aplausos e gritos de apoiadores. Bolsonaro tem prometido uma série de sugestões de mudanças na legislação alinhadas com suas bandeiras de campanha: defesa das armas e do uso de força para reprimir protestos e conflitos no campo.

O presidente voltou a defender aprovação de excludente de ilicitude para agentes em GLO combinada com a ampliação de casos em que as ações podem ser convocadas. Segundo ele, a ação poderia ser usada para reintegração de posse em propriedades rurais e urbanas. "Não tem diferença. Tem gente que mora aqui em Brasília e tem uma 'minichácara'. O cara entrou lá, acaba... nos Estados Unidos é assim. Estou copiando países desenvolvidos", disse Bolsonaro.

O presidente disse ainda que a GLO não será usada contra protestos, mas sim para barrar atos de terrorismo. "Protesto é uma coisa. Ato terrorista é outra. Protesto, pode protestar a vontade. Está no artigo 5º da Constituição."

"Vandalismo, terrorismo... é completamente diferente. Se colocar fogo em ônibus pode morrer inocente. Vai incendiar banco. Vai invadir ministério. Isso aí não é protesto. E se tiver GLO, já sabe que o Congresso nos der o que estamos pedindo (excludente de ilicitude), esse protesto vai ser impedido", disse.

Estadão
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