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Bolsonaro não quer reforma da Previdência em 2018, diz Onyx

Possível ministro de Bolsonaro ressaltou que o núcleo mais próximo do presidenciável não quer "fazer nada" em 2018.

9 out 2018 - 19h48
(atualizado às 19h57)
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Cotado para assumir o Ministério da Casa Civil em um eventual governo Jair Bolsonaro (PSL), o deputado reeleito Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse nesta terça-feira que o presidenciável, se eleito, não vai apoiar a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo do presidente Michel Temer, que está parada na Câmara dos Deputados e que poderia ser votada ainda este ano.

"Se ele ganhar a eleição no dia 28, e nós acreditamos que ele vai ganhar, nós vamos tratar deste assunto no dia 1º de janeiro de 2019, nem um dia antes", disse Onyx a jornalistas em Brasília.

Onyx Lorenzoni é deputado federal pelo DEM
Onyx Lorenzoni é deputado federal pelo DEM
Foto: Charles Sholl / Futura Press

"No nosso programa de governo, não há uma linha que trate de uma ação (de governo) em 2018. Se nós formos, se o Jair for o escolhido para ser o presidente, as nossas ações iniciam objetivamente com a sociedade brasileira no dia 1º de janeiro de 2019, antes não", completou ele, após ser questionado se não seria melhor apoiar a proposta previdenciária de Temer este ano.

Onyx ressaltou que o núcleo mais próximo do presidenciável não quer "fazer nada" em 2018 e destacou a oposição de aliados à reforma do atual governo.

"O Jair não era a favor dessa reforma, eu não era a favor dessa reforma, a maioria de todas as pessoas que apoiam o Jair Bolsonaro não é a favor dessa reforma, porque essa reforma é ruim, uma porcaria e não resolve nada", afirmou.

BASE NO CONGRESSO

Onyx afirmou que o presidenciável contará, no próximo ano, com uma base na Câmara "muito maior" do que 300 deputados. Citou que tem conversado com lideranças partidárias, mas que tanto no primeiro quanto no segundo turnos a "aliança" de Bolsonaro é com o povo brasileiro e não com partidos.

Questionado se ficou frustrado por Bolsonaro não ter sido eleito no primeiro turno, o deputado disse ter ficado muito feliz com o percentual de votos que ele obteve --citou 47 por cento, mas na verdade foram 46 por cento dos votos válidos-- e elogiou o desempenho obtido no Nordeste.

O candidato disse também ter ficado surpreso com a bancada eleita de deputados do PSL --foram 52 eleitos, a segunda maior da próxima legislatura, atrás apenas do PT. Ele afirmou que achava que seria de 20 a 25 os deputados eleitos pelo partido de Bolsonaro.

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