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Bolsonaro diz que general Heleno pode ir para o GSI

Para o presidente eleito, caso general seja deslocado para o núcleo duro do Planalto, 'alguém da Marinha pode ocupar a Defesa'

6 nov 2018 - 16h23
(atualizado às 16h49)
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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta terça-feira, 6, que o general Augusto Heleno pode ser indicado para ocupar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ainda de acordo com Bolsonaro, novos nomes do gabinete devem ser divulgados até a sexta-feira, 9.

O general Heleno havia sido inicialmente indicado para o Ministério da Defesa. Porém, como adiantou o Estado, o desejo do presidente eleito é mantê-lo próximo ao núcleo duro do Palácio do Planalto. O chefe do GSI fica lotado no Palácio do Planalto.

 O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) discursa durante sessão especial realizada no Congresso Nacional, em Brasília
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) discursa durante sessão especial realizada no Congresso Nacional, em Brasília
Foto: Dida Sampaio / Estadão

"No que depender de mim, Heleno pode ir para o GSI", afirmou o presidente eleito, em coletiva de imprensa após sair do Comando da Marinha, em Brasília. "Vou pensar."

Na mesma coletiva, quando perguntado se Heleno vai aceitaria ir para o GSI, o general se esquivou. "Também vou pensar", disse.

Para o presidente, caso Heleno seja deslocado para o GSI, "alguém da Marinha pode ocupar a Defesa".

Novos nomes no gabinete

Mais cedo, Bolsonaro disse também que pode anunciar novos nomes para compor o futuro governo até sexta-feira. Ele também voltou a dizer que o quadro ministerial final pode contemplar 17 pastas.

De acordo com Bolsonaro, já há conversas sobre quem virá a ocupar os ministérios de Relações Exteriores, de Infraestrutura, de Agricultura e Meio Ambiente. Sobres estes dois últimos, ele disse que a tendência é não haver fusão.

"O próprio setor do agronegócio nos procurou e nós repensamos a fusão. Não é recuo, não. Nós podemos ser convencidos do contrário", disse.

Bolsonaro disse também que, nas discussões sobre como compor a equipe ministerial, apenas um partido pequeno o procurou. "E eu descartei", afirmou. Ele enfatizou que quer nomear pessoas com capacidade técnica conhecida na área.

Sobre a possibilidade de o senador Magno Malta (PR-ES) ser indicado para a eventual pasta da Família, que irá abrigar diferentes secretarias e ministérios ligados a questões sociais, o presidente eleito se limitou a dizer que "é possível".

Mulheres na transição

Após críticas por só ter homens na equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), a assessoria de imprensa do deputado e futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que três a quatro mulheres serão nomeadas entre hoje e amanhã para integrar o time.

A primeira mulher da equipe é a coronel do Corpo de Bombeiros Márcia Amarílio da Cunha Silva, que atuará na área de segurança pública. Ela foi chefe da assessoria parlamentar dos Bombeiros e atuou em debates no Congresso Nacional sobre aposentadoria de militares. Mesmo sem ser oficialmente nomeada, Márcia já se reuniu com as equipes no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), de acordo com a assessoria.

Estadão
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