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Bolsonaro anuncia saída do PSL e criação de novo partido

Nova sigla do presidente de chamará Aliança pelo Brasil; presidente espera levar ao menos 30 parlamentares

12 nov 2019 - 17h41
(atualizado às 17h59)
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O presidente Jair Bolsonaro anunciou a parlamentares do PSL nesta terça-feira (12) que deixará o partido e espera criar uma nova legenda até março de 2020, disseram deputados no Palácio do Planalto. O presidente ainda não formalizou a ação, mas seu filho Flávio, senador pelo Rio de Janeiro, já protocolou a saída do PSL junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo deputados, o novo partido deve se chamar Aliança pelo Brasil e o presidente convidou todos os presente na reunião a se filiarem. Desafetos da família Bolsonaro no partido, como Joice Hasselmann e Major Olímpio não foram chamados para o encontro. A saída do presidente tende a causar uma debandada no PSL, que foi de nanico a segundo maior da Câmara por conta da onda bolsonarista. O presidente pretende criar uma sigla 100% alinhada com suas ideais após os recentes ruídos com o PSL. 

"A gente acabou de sair da reunião com o presidente onde ele anunciou a saída dele do PSL. E ele vai para um novo partido que vai se chamar Aliança pelo Brasil", disse a deputada Bia Kicis (DF). Ainda segundo a parlamentar, a convenção da nova sigla deverá ser realizada no próximo dia 21.

Os advogados de Bolsonaro estimam que conseguirão entregar, até março do ano que vem, as cerca de 500 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para criação de novo sigla. A ideia é viabilizar o partido a tempo de lançar candidatos às eleições de 2020, o que exige aprovação na corte eleitoral até abril.

O deputado Daniel Silveira disse que o TSE ainda não confirmou, "mas vai", que é possível realizar a coleta de assinaturas por meio de um aplicativo para dispositivos móveis. Informou ainda que 30 parlamentares devem acompanhar Bolsonaro no novo partido.

O recente desgaste com lideranças do partido, como o presidente da sigla Luciano Bivar e os ex-aliados Joice Hasselmann, ex-líder do governo no Congresso e Delegado Waldir, ex-líder do PSL na Câmara e Major Olímpio é um dos principais motivos para a saída de Bolsonaro, que também tem se incomodado com as críticas de aliados aos seus filhos. Outro motivo seria o envolvimento da legenda em casos de corrupção, como o "laranjal do PSL". A equipe do governo avalia que Bolsonaro deve se distanciar dos escândalos para não perder mais popularidade.

A disputa interna do PSL veio à tona no dia 8 de outubro. Naquele dia, na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez críticas ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE), a um pré-candidato a vereador de Recife. "O cara (Bivar) está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido", prosseguiu. A partir daí, houve uma série de farpas trocadas entre dois grupos que se formaram entre os correligionários.

* Com informações da Agência Estado

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Fonte: Redação Terra
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