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Após ultimato de Trump, Irã ameaça retaliar sanções dos EUA

13 jan 2018 - 11h11
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O Irã disse neste sábado que vai retaliar as novas sanções impostas pelos Estados Unidos, após o presidente norte-americano, Donald Trump, ter dado um ultimato por mudanças no que chamou de "falhas desastrosas" no acordo nuclear com Teerã.

Na sexta-feira, Trump disse que adiaria pela última vez as sanções ao Irã para dar aos EUA e aos aliados europeus uma chance de ajustar o acordo. Washington já impôs punições ao chefe do Judiciário iraniano e a outras autoridades.

A Rússia, uma das partes envolvidas no acordo nuclear assinado com o Irã --ao lado de EUA, China, França, Reino Unido, Alemanha e União Europeia--, classificou os comentários de Trump como "extremamente negativos".

O ultimato pressiona os países europeus, que tiveram papel fundamental na assinatura do acordo em 2015, a atender aos pedidos de Trump, que deseja reformar o pacto em até 120 dias.

Apesar de manter a suspensão das sanções relacionadas ao acordo nuclear, Washington anunciou sanções contra 14 entidades e pessoas do Irã, incluindo o chefe do Poder Judiciário, aiatolá Sadeq Larijani, aliado próximo do líder supremo da nação, o aiatolá Ali Khamenei.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, descreveu as sanções contra Larijani como "ação hostil", e afirmou que a medida "ultrapassou todas as linhas vermelhas de conduta da comunidade internacional, é uma violação da lei internacional e certamente será respondida com uma reação séria da República Islâmica", sem citar qual seria a retaliação.

O chanceler havia afirmado no Twitter, mais cedo, que o acordo "não é renegociável" e que a atitude de Trump "é uma tentativa desesperada de minar um sólido acordo multilateral".

O Irã diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos, e alega que vai cumprir o acordo caso as outras partes o respeitem. Mas alertou que "rasgará" o pacto caso Washington abandone o acordo.

Trump, que criticou duramente o pacto feito na gestão do antecessor Barack Obama, se irritou por ter que manter mais uma vez a suspensão das sanções contra um país que vê como uma ameaça no Oriente Médio.

"Apesar da minha forte propensão, ainda não retirei os Estados Unidos do acordo nuclear iraniano", disse Trump em comunicado, citando que as opções eram a reforma do pacto ou a saída dos EUA.

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