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Apoiadores de Lula fazem festa no STF e oferecem cachaça

Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência de Lula, tirou a camisa em meio à comemoração

7 nov 2019 - 23h22
(atualizado em 8/11/2019 às 07h58)
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Foto: Matheus W. Alves / Futura Press

Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemoram com fogos de artifício e distribuição de cachaça a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão após segunda instância. O julgamento foi concluído na noite desta quinta-feira, 7, e abre caminho para a soltura do petista, que está preso desde abril do ano passado na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Desde o início da sessão de julgamento de hoje, que durou sete horas e meia, cerca de 400 manifestantes acompanhavam, da Praça dos Três Poderes (ao lado do STF), os votos dos ministros. O grupo instalou caixas de som na praça. A cada palavra proferida em favor ao trânsito em julgado, o grupo vibrava e agitava bandeiras que estampavam o rosto do ex-presidente.

Cachaça

Assim que o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, anunciou seu voto, um apoiador foi ao microfone anunciar que começaria a ser servida uma grande rodada gratuita de cachaça para todas as pessoas presentes. Uma fila logo se formou. No alto falante, às 22 horas, o grupo disse que a festa não teria hora para acabar.

Gilberto Carvalho, que foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência de Lula, tirou a camisa no meio da multidão, em atitude seguida por outros apoiadores. "Estamos perdendo nosso prestígio, vou colocar minha camisa de volta", recuou.

Márcio Andrade, comerciante e apoiador do petista, afirmou ao Estado que o clima com o resultado da votação era de Carnaval. "Estamos aliviados. Vamos comemorar até segunda-feira, até Lula deixar a prisão", disse.

O resultado da votação foi de 6 a 5 pela derrubada da prisão após segunda instância. Com o resultado, a Corte entende que um condenado tem o direito de aguardar em liberdade até que todos os recursos sejam julgados, o que pode levar anos. O que não significa que haverá soltura imediata de presos. Caberá ao juiz de execução penal decidir caso a caso.

Veja também:

Pinga Fogo - Prisão após condenação em 2ª instância:
Estadão
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