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Alcolumbre diz que indicação de Eduardo seguirá rito normal

Presidente do Senado afirmou que trâmite envolvendo a ida do filho do presidente para a Embaixada do Brasil nos EUA seguirá rito regimental

3 ago 2019 - 20h22
(atualizado em 4/8/2019 às 10h47)
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BRASÍLIA - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou neste sábado, 3, que agirá de acordo com o regimento da Casa e de forma "imparcial" durante a tramitação da análise de indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre
Foto: Fátima Meira / Futura Press

"Mais uma vez reafirmo que as indicações para qualquer embaixador seguirão o rito regimental do Senado Federal. Como presidente do Senado, não tenho poder de voto. Trabalharei e agirei seguindo o regimento de forma totalmente imparcial. Meu papel é de magistrado", disse por meio de nota.

Reportagem do Estado mostrou neste sábado que Alcolumbre pretende esperar que o governo tenha votos suficientes para só então pautar a indicação à Embaixada. A indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro deve ser formalizada pelo Planalto na semana que vem. Os senadores precisam aprovar o nome para que Eduardo assuma o posto.

A avaliação de parlamentares é que ainda não há apoio garantido para a aprovação, que exige metade mais um dos votos dos presentes no dia da votação na comissão e no plenário.

Alcolumbre chegou a manifestar a interlocutores descontentamento sobre a sugestão de Eduardo para a representação diplomática nos Estados Unidos. A situação foi facilitada com o pedido de retirada das indicações de dois conselheiros para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), feito por Bolsonaro na quinta-feira.

Como o Estado publicou nesta sexta-feira, Alcolumbre havia discordado dos nomes para o Cade. Com o cancelamento das indicações, agora participará da escolha dos novos conselheiros. A retirada das indicações de Vinícius Klein e Leonardo Bandeira Rezende surpreendeu integrantes do Cade, senadores e o ministro da Justiça, Sergio Moro, que havia sugerido um dos nomes.

Parlamentares teriam resistência aos nomes, pois as indicações não teriam sido discutidas com o Congresso. Em nota, Alcolumbre negou que a retirada dos nomes seja uma troca de favores. "As pessoas precisam começar a mudar o conceito sobre a política, de que tudo é resolvido com indicações ou troca de favores", declarou o senador na mesma nota.

O nome do economista-chefe do Cade, Guilherme Rezende, está entre os especulados para ser indicado a um dos cargos. Rezende atuou como uma espécie de consultor para a área da concorrência durante a campanha de Bolsonaro. Também foi aventado o nome de Humberto Lucena Fonseca, que teria menos chances, segundo fontes da área.

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