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Alemães dão quarto mandato a Merkel

24 set 2017 - 04h27
(atualizado às 19h03)
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Mais de 60 milhões de alemães foram convocados a eleger o novo Parlamento em eleições legislativas. Partido da atual chanceler federal, CDU mantém liderança. AfD entra no Bundestag como terceira maior força.Os alemães foram às urnas neste domingo (24/09) em eleições legislativas para definir os novos membros do Parlamento. Tudo aponta para mais uma reeleição da atual chanceler federal, Angela Merkel.

Projeções divulgadas após o fechamento das urnas confirmam a liderança do partido de Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), com 33%. Em seguida vem o Partido Social-Democrata (SPD), atual parceiro da CDU no governo, com 20,8%.

A disputa pelo terceiro lugar concentra as atenções. Segundo as projeções, o partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que vem conseguindo capitalizar as preocupações de parte do eleitorado com a crise migratória, obteve 13,3%, logo atrás de CDU e SPD.

Leia a cobertura completa sobre a eleição na Alemanha em 2017

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As atualizações estão no horário de Berlim

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20h04 - Centenas de manifestantes ocupam as ruas de Berlim, na região da praça Alexanderplatz, contra o terceiro lugar obtido pelo partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

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19h50 - Marine Le Pen, candidata populista às eleições presidenciais francesas neste ano, felicitou os "aliados" da legenda Alternativa para a Alemanha (AfD) pelo terceiro lugar. "Parabéns aos nossos aliados pelo resultado histórico! É um novo símbolo do despertar dos povos europeus", disse ela no Twitter.

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19h40 - A candidata a chanceler federal do partido A Esquerda, Sahra Wagenknecht, afirmou que sua legenda se orgulha do resultado - projeções falam em 8,7%. "Tivemos o segundo melhor resultado da história do nosso partido", observa.

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19h30 - Em Colônia, no oeste da Alemanha, manifestantes também foram às ruas contra a legenda Alternativa para a Alemanha (AfD). É a primeira vez que um partido populista-nacionalista estará representado no Parlamento alemão no pós-guerra.

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19h25 - Protestos contra a entrada do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) no Parlamento são registrados em cidades do país. Em Berlim, manifestante levanta uma faixa com os seguintes dizeres: "Xenofobia não é alternativa".

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19h15 - Novo Parlamento alemão será composto por seis bancadas. Confira quantos assentos cada partido terá:

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19h05 - Em seu pronunciamento, Merkel ainda afirmou que o ingresso da Alternativa para a Alemanha (AfD) no Parlamento alemão representa um "desafio" para seu governo. Ela disse que planeja recuperar os eleitores que votaram no partido populista de direita voltando atenção às suas preocupações e problemas.

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19h03 - Apesar da perda significativa de apoio da CDU em comparação com a eleição anterior, Merkel comemorou o resultado da boca de urna. Segundo a chanceler federal, levando em conta que seu partido lidera o governo há 12 anos, não estava "absolutamente garantido" que a legenda retornaria como a maior força no Parlamento.

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18h57 - A chanceler federal Angela Merkel se manifestou pela primeira vez sobre a vitória de sua União Democrata Cristã (CDU). "Temos a tarefa de formar um governo, e nenhum governo pode ser formado contra nós", afirma ela. As especulações para uma possível coalizão são muitas agora que o SPD anunciou que não formará governo com Merkel.

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18h51 - "Vamos caçar o governo. Vamos recuperar nosso país e nosso povo!", diz Alexander Gauland, líder dos populistas de direita na Alemanha. Partido AfD se tornou a terceira força no Parlamento alemão.

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18h45 - "Hoje é um dia difícil e amargo para os social-democratas alemães. Não quero fazer rodeios: erramos nosso alvo e perdemos a eleição", diz Schulz, antes de agradecer a seus apoiadores e aos membros do SPD pelos esforços. "Claramente não conseguimos manter e expandir nossa base de eleitores tradicional."

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18h38 - O candidato social-democrata Martin Schulz fez seu primeiro pronunciamento após a divulgação da boca de urna, confirmando o anúncio da vice-presidente do partido, Manuela Schwesig, de que o SPD não formará governo com Merkel. Com isso, a legenda, atualmente na coalizão no poder, voltará à oposição.

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18h28 - Partido Social-Democrata (SPD) reage em choque aos números antecipados pela boca de urna: 20% é o pior resultado da história do partido, atualmente membro do governo Angela Merkel.

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18h24 - Apesar da perda significativa de apoio em comparação com eleições anteriores, partido de Angela Merkel comemora os resultados da boca de urna.

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18h17 - A vice-presidente do Partido Social-Democrata, Manuela Schwesig, já anunciou que o partido não formará governo com Merkel. Com isso, a legenda, atualmente na coalizão no poder, voltará à oposição.

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18h15 - Embora a boca de urna tenha colocado o partido de Merkel à frente, o resultado significa uma perda significativa: em 2013, a CDU recebeu 41,5% dos votos; em 2017, 32,5% - uma queda de quase 10 pontos percentuais.

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18h09 - Caso seja confirmado o resultado da boca de urna e, com isso, o ingresso da AfD no Bundestag, será a primeira vez que um partido populista-nacionalista estará representado no Parlamento alemão no pós-guerra.

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18h - Pesquisa boca de urna confirma o favoritismo dos democrata-cristãos (CDU/CSU), com 32,5%, seguidos do Partido Social-Democrata (SPD), com 20%. A legenda populista Alternativa para a Alemanha (AfD) aparece em terceiro, com 13,5%. Confira os resultados:

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17h27 - Membros do partido populista Alternativa para a Alemanha (AfD) esperam se tornar a terceira força política do país, levando em consideração as últimas pesquisas de opinião. É aqui que eles aguardam o resultado das eleições:

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17h - Falta agora uma hora para os fechamentos das urnas na Alemanha. Resultados preliminares devem ser divulgados antes das 18h.

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16h54 - Se as pesquisas se mostrarem corretas, os social-democratas devem obter o pior resultado de sua história. No entanto, um local de confraternização após o fechamento das urnas foi preparado pelo partido em Berlim.

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16h41 - A Alemanha não é conhecida por manipulações eleitorais, mas a legenda populista Alternativa para a Alemanha (AfD) emitiu um alerta e convocou seus simpatizantes a monitorar a contagem dos votos.

Na Alemanha, todo cidadão tem o direito de assistir à contagem de votos. Segundo o diário Frankfurter Neue Presse, o comitê de Frankfurt da AfD sugere cancelar as festividades pós-eleição, pois os partidários devem fiscalizar a contagem dos votos.

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15h54 - Primeiros dados divulgados pela autoridade eleitoral da Alemanha relatam que 41,1% dos eleitores alemães votaram até as 14h. "Os votos emitidos por carta não foram levados em consideração", diz a nota.

No mesmo período, a participação em 2013 foi de 41,4%. No fim daquela eleição federal, a participação eleitoral chegou a um total de 71,5%.

Por outro lado, cidades registram maior participação do eleitorado em comparação com a eleição legislativa anterior. O salto mais significativo foi registrado em Munique. Até as 14h00, 71,6% dos eleitores da capital da Baviera votaram - há quatro anos, eram apenas 57,6%. O voto por carta também aumentou em Munique de 31,4% para 35,6%.

Em Berlim, menos de 30% dos eleitores foi às urnas - porém, 0,1% a mais do que no mesmo momento na eleição anterior. Na Alemanha, 61,5 milhões de cidadãos podem votar.

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15h39 - Estes são os resultados das últimas consultas populares de cada instituto de pesquisa sobre a eleição legislativa de 2017. Todas as pesquisas registram quedas das duas principais legendas alemãs CDU e SPD, além de um crescimento quase triplicado dos populistas da AfD.

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15h03 - Cerca de 60 observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) estão na Alemanha para acompanhar a eleição legislativa.

A missão é ldierada pelo georgiano George Tsereteli. Depois de 2009 e 2013, esta é a terceira participação de observadores da OSCE. Eles foram convidados pelo governo federal.

Tsereteli alegou ser uma "prática comum" nos Estados-membros da OSCE. Cada equipe de dois observadores visita locais de votação em diversas cidades alemãs.

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14h54 - Com forte presença midiática, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e seu marido, Joachim Sauer, votaram em Berlim. No entanto, ela não conversou com jornalistas.

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14h43 - Diferentemente de, por exemplo, nos EUA, as eleições na Alemanha não atraem um apelo midiático exagerado. Os três principais canais estatais do país - ARD, ZDF e WDR - seguem com suas programações dominicais regulares.

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14h28 - Partidos fazem campanha em redes sociais durante jornada eleitoral para mobilizar eleitores indecisos a irem às urnas. A União Democrata Cristã (CDU) inclusive fez uso de comentários de personalidades.

A legenda da chanceler federal, Angela Merkel, publicou uma foto do ex-treinador de futebol Jupp Heynckes (Bayern de Munique, Bayer Leverkusen, Real Madrid, entre outros) pedindo por votos. "Porque ela goza de credibilidade em todo o mundo", diz a legenda.

E o candidato social-democrata Martin Schulz também convocou a população a votar. "Eu votei. Agora é a sua vez. Para uma Alemanha mais justa e mais forte numa Europa pacífica e solidária: 2 vezes SPD.

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14h04 - Na Alemanha, a votação não é eletrônica. O eleitor marca manualmente seus dois votos numa cédula: na esquerda o voto direto; na direita o voto na legenda.

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Análise: Quem promete o que na eleição alemã

Faltam quatro horas para o fechamento das urnas. Hora de relembrar as propostas de cada legenda em relação aos temas que mais preocupam os eleitores alemães, como segurança, trabalho, impostos e imigração.

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13h40 - Primeiras estimativas relatam participação maior do que na eleição legislativa de 2013. Apenas o estado de Thübingen registra queda no eleitorado.

Os primeiros dados oficiais de participação eleitoral devem ser divulgados as 15h30.

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13h27 - O receio de o governo russo tentar influenciar a eleição legislativa alemã parece ter sido exagerado. De fato, a maior intervenção tem vindo do outro lado do Atlântico, afirma o jornalista da DW Jared Reed.

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12:43 - O presidente da Alemanha, o social-democrata Frank-Walter Steinmeier, registra seu voto em Berlim e agradeceu os cerca de 650 mil de voluntários e mesários que colaboram na eleição legislativa de 2017. Ele aproveitou para reiterar sua convocação ao povo alemão: "Vão às urnas".

Em seu local de votação, ele respeitou a fila.

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Zeitgeist: A cláusula dos 5% na eleição alemã

Na Alemanha, nem todo partido que recebe votos consegue entrar no Parlamento. O objetivo dessa regra é impedir que o Parlamento se torne fragmentado, com inúmeros pequenos partidos, o que dificulta a formação de um governo e prejudica a governabilidade. Mas ela só vale para o voto na legenda e não para o voto direto num candidato.

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Opinião: Populistas de direita são desafio para a democracia

Governo alemão enfrenta prova de fogo: a AfD deve colocar no Parlamento políticos que não respeitam pilares da democracia. Partidos e parlamentares precisam se preparar para novo cenário, opina jornalista da DW Christoph Strack.

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Análise: Terceiro lugar é grande incógnita da eleição alemã

Com as duas primeira posições praticamente seladas, representantes de quatro partidos - A Esquerda, Partido Verde, Alternativa para a Alemanha (AfD) e Partido Liberal Democrático (FDP) - travam batalha acirrada pelo terceiro lugar e a chance de fazer parte da coalizão de governo.

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12h03 - Percentual da população que deixa de votar atingiu a marca de 28% na última eleição legislativa de 2013. Confira a progressão no gráfico.

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Análise: Quem decide sobre que partidos podem aparecer na cédula eleitoral na Alemanha? Confira os critérios para um partido ser elegível na Alemanha.

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Galeria: Desde o fim da Segunda Guerra, a Alemanha teve oito chanceleres federais - cinco da União Democrata Cristã (CDU) e três do Partido Social.Democrata (SPD).

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Análise: Os partidos alemães e a constituição do Bundestag

O Bundestag, a câmara baixa do Parlamento federal, tem o número padrão de 598 mandatos, que pode aumentar conforme o resultado das eleições (o número após as eleições de setembro de 2013 é 631). Nas eleições, que ocorrem a cada quatro anos, eles são escolhidos através de um sistema de votação misto

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11h08 - Com uma idade média de 52 anos, o eleitorado alemão nunca esteve tão envelhecido.

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Opinião: Editorial do jornal americano New York Times sugere que a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, pode se tornar a líder do mundo livre.

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10h51 - Alguns locais de votação tiveram de ser deslocados Berlim. A capital alemã foi tomada por quase 44 mil atletas para a 44ª Maratona de Berlim. Ruas foram fechadas e o transporte público ao longo do trajeto opera em rotas alternativas. A chegada é no Portão de Brandemburgo.

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10h25 - O candidato à chancelaria federal da Alemanha pelo Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz, votou acompanhado de sua esposa Inge na pequena cidade de Würselen, no estado da Renânia do Norte-Vestfália.

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Análise: Como funcionam as eleições na Alemanha?

Os representantes do povo alemão são escolhidos em eleições livres e secretas a cada quatro anos. Além da elaboração das leis, cabe ao Parlamento alemão eleger - ou destituir - o chanceler federal. Na Alemanha o voto é facultativo.

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9h55 - O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, convocou os cidadãos alemães que usem o direito de votar e alertou que aqueles que não comparecem às urnas permitem que outros decidam sobre o futuro do país.

"O direito de voto é um direito de civil. Para mim, num democracia, é o dever cívico mais nobre", disse Steinmeier. "Quem não vota permite que outros decidam sobre o futuro de nosso país."

Segundo o presidente alemã, nunca antes se sentiu tão claramente que as eleições estão relacionadas com "o futuro da Europa e o futuro da democracia". O comentário provavelmente visou a ascensão e o iminente ingresso dos populistas da Alternativa para a Alemanha (AfD) no Parlamento.

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Opinião: A eleição mais chata de todos os tempos?

Praticamente não há quem duvide que Merkel permanecerá no poder. Mas a votação ainda transcorre, e questões prementes permanecem mesmo depois da apuração das urnas, opina a jornalista Dagmar Engel.

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Análise: Quem vai governar com Merkel?

Segundo as pesquisas, na eleição deste domingo, a pergunta não é mais se a chanceler será novamente reeleita, mas como será seu governo. Partidos conservadores têm apenas duas opções de coalizão.

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9h15 - Mais de 60 milhões de eleitores estão convocados a votar nas eleições deste domingo. As urnas fecham às 18h. A presença nas urnas vem caindo na Alemanha - em 2013 foi de 71,5% - mas ainda se situa num nível aceitável na comparação internacional.

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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