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Projeto quebra elitização do tênis e promove inclusão social

Liga Tênis 10 trabalha a profissionalização de jovens atletas e apoia crianças carentes

8 ago 2022 - 05h00
(atualizado em 10/8/2022 às 10h24)
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Serena Willians de Paraty. É assim que Lidiny Silva, de apenas 12 anos, é conhecida no Projeto Paraty Tênis. De origem humilde, a garota foi campeã do Torneio Winners, organizado pelo Rio Open em fevereiro de 2022, participou de uma clínica com Luísa Stefani, medalhista olímpica em Tóquio-2020, e desde setembro de 2021 foi convidada para o Torneio da Liga Tênis 10, para ter oportunidade de adquirir mais experiência de forma competitiva. 

Lidiny e Luisa Stefani no evento da Liga Tênis
Lidiny e Luisa Stefani no evento da Liga Tênis
Foto: Divulgação/Liga Tênis 10

Respondendo com vários “sins” e nãos” sobre seu futuro no tênis, Lidiny demonstra o quanto gosta de praticar o esporte e que está comprometida a seguir profissionalmente na modalidade. A timidez só não aparece em um único momento da entrevista: quando deixa claro o “não” para drogas e criminalidade, e garante que esta nunca foi e nem será sua trajetória. Sua direção é rumo às medalhas, aos troféus e às conquistas para a família.

“Quando eu jogo, eu me sinto bem, é legal. Meu sonho é ser jogadora profissional de tênis”, afirma a jovem atleta.

Lidiny é uma das xodós de Bruna Assemany, atleta, coach e criadora do projeto Liga Tênis 10, desenvolvido para realizar torneios de tênis para jovens entre 5 a 12 anos. Ativo há sete anos, tem como base contribuir com o crescimento do esporte no Brasil e no mundo. “Nosso objetivo é deixar o tênis mais acessível e mais convidativo para que as pessoas tenham a oportunidade de experimentar esse esporte”, diz Bruna.

Lidiny Silva em ação no torneio
Lidiny Silva em ação no torneio
Foto: Divulgação/Liga Tênis 10

Para reforçar esse propósito, a Liga possui 10% das vagas destinadas a jovens envolvidos com projetos sociais para incentivar cada vez mais a prática e a democratização do tênis entre a nova geração. O Paraty Tênis, do qual Lidiny faz parte, pertence a esse meio. Ele é um projeto socioeducativo que atende gratuitamente, três vezes por semana, 75 crianças e jovens de sete a 17 anos que frequentam escolas públicas.

“A gente acredita que essa é uma forma de abrir portas, de deixar essas crianças mais próximas dos seus ídolos e de ambientes diferentes para que elas construam novas oportunidades”, explica Bruna. 

A Liga Tênis 10 apoia também as atletas Luisa Stefani (primeira medalhista de tênis do Brasil) e Ingrid Gamarra Martins (recordista no esporte desde 2021), num exercício de deixar o tênis profissional mais próximo ao tênis infanto-juvenil e garantir que as garotas se sintam representadas e confortáveis praticando tênis.

Bruna Assemany com a tenista Luisa Stefani, medalhista olímpica, e Ingrid Gamarra Martins, duas parceiras do projeto
Bruna Assemany com a tenista Luisa Stefani, medalhista olímpica, e Ingrid Gamarra Martins, duas parceiras do projeto
Foto: Divulgação/Liga Tênis 10

A base vem forte

Outra atleta destaque após participar dos torneios da Liga Tênis 10 é Julia Canto, que também aos 12 anos já coleciona um currículo cheio de conquistas. Julia se mantém há três anos em 1º lugar no ranking estadual e demonstra total foco para se tornar uma jogadora de tênis profissional e seguir se dedicando para oferecer sempre sua melhor performance.

Julia Canto em um torneio da Liga
Julia Canto em um torneio da Liga
Foto: Divulgação/Liga Tênis 10

Dentre seus principais resultados, foi a primeira do Ranking Estadual em 2020, 2021 e 2022 (atualmente), é três vezes campeã e seis vezes vice-campeã de torneios brasileiros G1 e G2, em simples e duplas em 2021 e 2022, além de vencer 11 etapas do Circuito Estadual, em simples e duplas nos anos de 2020, 2021 e 2022.

Com a maturidade e confiança de uma experiente, Júlia coloca o tênis, os estudos e a família como prioridades, e mira em objetivos ainda maiores, como os Jogos Olímpicos. 

“Eu penso que todo meu esforço está dando certo, que esse é o caminho, que eu tenho que continuar assim e tem muita coisa pela frente ainda. Não posso só erguer a cabeça e pronto. O tênis me deixou muito madura, muito mais responsável, ele me ajudou muito em vários requisitos", garante.

Nesta união de profissionalização, educação e auxílio social, o projeto Liga Tênis 10 mostra que não veio só para ser uma iniciativa que apresenta a modalidade aos possíveis jovens talentos: ele abre portas, janelas e novos sentidos, sendo um ambiente inclusivo que aproxima os extremos e transforma vidas com a educação conjunta.

“O tênis ainda é um esporte muito masculino, por isso é importante sempre estar trazendo treinadoras e apoio a jogadoras profissionais para que as outras meninas vejam que o caminho não é tão distante através dessas referências", destaca Bruna.

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Papo de Mina
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