ONU afirma que 1 bilhão de pessoas com deficiência estão excluídas das tecnologias assistivas no mundo
Relatório publicado nesta segunda-feira, 16, também mostra que mais de 2,5 bilhões de pessoas precisam de equipamentos como cadeiras de rodas e aparelhos auditivos, além de aplicativos para comunicação e cognição.
O estudo feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com o UNICEF (Fundo da ONU para a Infância) pede a governos, ao setor industrial e à sociedade civil a prioridade de acesso a sistemas de educação, saúde e assistência social, garantias de acessibilidade disponível, segura e eficaz, diversificação e avanço dessa capacidade, com envolvimento ativo dos usuários e suas famílias.
"Negar o acesso à tecnologia assistiva não é apenas uma violação dos direitos humanos, mas é economicamente míope. Países devem financiar e priorizar o acesso à tecnologia assistiva e dar a todos a chance de viver conforme seu potencial", declarou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
"Há 240 milhões de crianças com deficiências sem direito a produtos essenciais para progredir, são afetadas individualmente, na família e na comunidade. Essas crianças com deficiência continuarão a perder a educação, em maior risco de trabalho infantil e sujeitas ao estigma e à discriminação, que minam sua confiança e bem-estar", disse A Catherine Russell, diretora executiva do Unicef.
Segundo o relatório observa, até 3,5 bilhões de pessoas precisarão de um ou mais produtos de apoio até 2050. E as razões para esse aumento incluem o envelhecimento da população e a prevalência de doenças não transmissíveis em todo o mundo.
"A acessibilidade financeira é uma grande barreira. Dois terços das pessoas com produtos de apoio relataram ter feito pagamentos diretos e que contaram com a família e amigos para apoiar financeiramente suas necessidades", destaca a ONU.