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| Reuters |
O general Augusto Pinochet prefere morrer a voltar ao Chile pela clemência das autoridades britânicas, afirmou hoje sua filha mais velha, Lúcia Pinochet Hiriart. "Meu pai é um homem digno, que prefere morrer a voltar por motivos de saúde, pois entrou na Inglaterra pela porta da frente", disse. "Meu pai nunca aceitou as razões humanitárias para voltar ao Chile", acrescentou. Lúcia Pinochet falou na fundação que leva o nome de seu pai, onde agradeceu o apoio recebido por sua família. Ela contradisse declarações do pai, que em julho disse a um jornalista da Rádio Agricultura de Santiago que preferia voltar depois de ganhar sua longa batalha judicial com o juiz espanhol Baltasar Garzón, mas não descartou a hipótese de voltar ao seu país por motivos humanitários.
Os advogados do ex-ditador chileno e o próprio governo do Chile estão empenhados em conseguir sua liberdade por clemência por causa de sua idade e de seu estado de saúde e também porque até agora fracassaram todas as gestões judiciais a seu favor.
Pinochet enfrenta hoje o segundo dia de um processo de extradição que, se lhe for desfavorável, o levará a Madri para ser julgado pelo juiz Garzón sob acusação de violações dos direitos humanos cometidas durante seu regime. O secretário-executivo da Fundação Augusto Pinochet, general reformado Luis Cortés Villa, admitiu que é pouco provável que Pinochet ganhe o processo de extradição.
Fonte: Agência JB
