O número de processos criminais no Chile contra o ex-ditador Augusto Pinochet subiu para 45 com a apresentação do caso de Juan Carlos Perelman, um preso desaparecido nas mãos da polícia, informou hoje a família do desaparecido.Juan Carlos Perelman, de 33 anos, químico demitido de uma empresa estatal após o golpe que derrubou o presidente socialista, Salvador Allende, e instalou Pinochet no poder em 1973, militava no Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), declarado ilegal pelos militares.
Segundo o demandante, seu irmão, Pablo, Juan foi visto pela última vez em Villa Grimaldi (ao leste de Santiago), em um dos campos de detenção e interrogatórios da polícia secreta do regime (Dina).
Em julho de 1975, o nome de Juan Carlos Perelman apareceu na lista dos 119 opositores a Pinochet que, segundo as versões do Governo militar, morreram assassinados em ações internas de uma suposta guerrilha esquerdista que operava no norte da Argentina.
Os corpos nunca foram entregues a suas famílias e nenhuma autoridade de quaisquer dos dois países revelou sua localização.
Pinochet enfrenta hoje o segundo dia de um processo de extradição que, se lhe for desfavorável, o levará a Madri para ser julgado sob acusação de violações dos direitos humanos cometidas durante seu regime.
Fonte: AFP