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Sexismo do observador influencia avaliação de ato de cortesia
Sexta, 23 de agosto de 2002, 16h59

Um homem que se oferece para carregar os pacotes para uma colega de trabalho é um cavaleiro numa armadura brilhante ou sexista retrógrado? Uma pesquisa sugeriu que, nestes tempos de mudança, a resposta depende dos conceitos do observador.

Um observador sexista é uma pessoa que "adota normas tradicionais de gênero que ditam ser uma obrigação do homem oferecer ajuda a uma mulher mesmo que ela não precise", informaram os autores do trabalho.

"O grau de insistência de um homem ao se oferecer para ajudar uma mulher, o grau de necessidade de auxílio da mulher e o grau de sexismo de quem observa o comportamento", tudo isso interfere na forma de julgar um homem que oferece ajuda para uma mulher, explica Victor Ottati, da Universidade Loyola, em Chicago. O pesquisador apresentou esses resultados na quinta-feira, durante o encontro anual da Associação Americana de Psicologia.

Desde o advento do movimento feminista, no século passado, as antigas regras de conduta entre homens e mulheres na sociedade ocidental estão mudando. Por exemplo, um estudo de 2001 constatou que atualmente, em situações cotidianas, as jovens norte-americanas são mais propensas a abrir a porta para um homem do que o contrário.

No estudo atual, Ottati e Anna-Marie Spinos avaliaram a leitura feita por 175 estudantes universitários (108 mulheres e 67 homens) de quatro diferentes cenários em que um homem ajuda uma colega de trabalho.

Os cenários diferiam de forma significativa. Por exemplo, em um deles, a mulher claramente tinha dificuldade para carregar um pacote grande e pesado. Em outro, o pacote era leve e fácil de transportar. Em algumas cenas, o homem insistia muito com a mulher para a ajudar, enquanto, em outras cenas, não.

Os pesquisadores constataram que os voluntários com conceitos mais tradicionais e sexistas quase sempre elogiaram o homem pelo comportamento.

Os observadores sexistas foram pouco propensos a considerar as ações do homem negativas, "independentemente do homem ser insistente e de a mulher necessitar realmente de auxílio," disse Ottati à Reuters Health. O cenário do pacote provocou reações mais complexas nos voluntários com pontos de vista não-sexistas.

Para esse grupo, "um homem que insiste em carregar caixas para uma mulher - mesmo quando ela recusa a oferta inicial -- é visto como mais 'sexista' que o homem não-insistente", disse Ottati. Por outro lado, "qualquer oferta de ajuda é menos propensa a ser considerada 'sexista' se a mulher realmente necessita de auxílio", como nas situações em que é evidente a dificuldade de carregar pacotes pesados.

Segundo Ottati, para os observadores não-sexistas, a noção de igualdade de gênero é fundamental: "um homem deveria oferecer ajuda a uma mulher nas mesmas condições em que ela ofereceria auxílio a um homem." O problema é que a sociedade contemporânea passa por uma "fase de transição", que deixa os homens perplexos entre a tradição e o progresso em termos de etiqueta sexual.

O que um homem deveria fazer, então? "Como um homem que estudou o problema, permaneço tão perplexo quanto os outros homens comuns quando tento decidir se devo oferecer ajuda a uma mulher", disse Ottati. Segundo o professor de psicologia, ambiente de trabalho dele, uma abordagem não-sexista e mais progressista "parece funcionar".

Ele enfatizou, porém, que "as pessoas que trabalham em ambientes mais tradicionais poderiam ser criticadas por adotar essa conduta. Eu aconselharia as pessoas a experimentar e a ficar atentas às normas de cortesia que funcionam na situação de vida de cada uma delas. Optar por se adequar às normas ou por se rebelar contra elas é, obviamente, uma decisão individual".

Reuters Health

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