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Gravidez e Filhos
 
Internação em hospital pode gerar trauma em crianças

Passar um período no hospital pode traumatizar uma criança por meses, demonstrou um novo estudo. Pesquisadores verificaram que as crianças mais jovens e as que apresentavam doença mais grave ou que haviam sido submetidas a procedimentos mais invasivos tiveram pesadelos e medo do atendimento médico após saírem do hospital, segundo artigo publicado na edição de junho do Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics.

As conclusões do estudo mostraram que os profissionais de saúde e os responsáveis devem dedicar mais atenção ao impacto psicológico gerado pela hospitalização, disse Janet E. Rennick, chefe da equipe, à Reuters Health.

"Os serviços de apoio psicológico são essenciais", afirmou Rennick, que é consultora de pesquisa em enfermagem do Hospital Infantil do Centro de Saúde da Universidade McGill e professora assistente da escola de enfermagem da mesma universidade. "Devemos ficar muito atentos à importância de oferecer esse tipo de serviço de apoio às crianças e aos pais."

No trabalho, a equipe estudou crianças atendidas na unidade de tratamento intensivo pediátrico (UTIP) e pacientes de enfermarias cirúrgicas regulares. Os pesquisadores esperavam que os doentes da UTIP estivessem mais traumatizados e fossem mais propensos a sofrer de problemas psicológicos duradouros que os atendidos nas enfermarias. Isso porque, em geral, aqueles apresentavam a tendência de estarem mais doentes que estes.

Pesquisas anteriores haviam demonstrado que as crianças internadas em UTIP são mais apreensivas, ansiosas, apáticas e tristes que as outras crianças hospitalizadas. Entretanto, o fato de as crianças estarem na UTIP ou em outras enfermarias não fez diferença, comentou Rennick. Uma explicação possível para o fato é que, na UTIP, as crianças eram mais propensas a receber sedativos e analgésicos.

"As crianças internadas nas enfermarias passaram por muitos procedimentos invasivos e estavam muito doentes", afirmou a pesquisadora. "Apesar disso, elas receberam uma quantidade muito menor de sedativos que as atendidas na UTIP. Precisamos ser mais conscientes de que os tratamentos invasivos são muito ameaçadores para as crianças. O uso de sedativos e analgésicos é importante. Na enfermaria, precisamos dar mais atenção às necessidades das crianças."

Os pesquisadores verificaram ainda que a presença dos pais no local de internação pode fazer uma grande diferença. As crianças se sentiram mais confortáveis e apresentaram menos problemas psicológicos remanescentes quando os pais permaneciam ao lado delas durante procedimentos difíceis.

"Algumas vezes, quando uma criança é sedada, os pais perguntam: 'Preciso ficar com ela? Ela tomou tantos medicamentos e não creio que saiba que estou aqui"', comentou a pesquisadora. "Estamos verificando que a presença dos pais é importante, esteja a criança completamente desperta ou não. Uma pessoa para apoiar é tranquilizador."

No estudo atual, a equipe canadense acompanhou 120 crianças hospitalizadas na UTIP ou em enfermarias de dois hospitais. Em média, os pacientes tinham 11 anos de idade. Seis meses após a internação, as crianças mais jovens - e aquelas submetidas a um número maior de procedimentos invasivos - apresentavam problemas psicológicos persistentes, indicou o trabalho.

O estudo foi financiado pelo Fundo de Pesquisa em Saúde de Québec, pela Fundação Canadense de Enfermagem, pela Ordem dos Enfermeiros e das Enfermeiras de Québec e pela Corporação de Enfermeiras e Enfermeiros de Montreal.

Reuters Health

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