Na próxima vez que você for sair de casa e for pegar horas de congestionamento, preste atenção nos outros veículos. Tente encontrar um único carrinho sem apetrechos e acessórios. Difícil, não é?
A moda também faz parte do trânsito. Seja em acessórios como antenas, break light, iluminação colorida e faróis estilizados ou em adesivos, protetores de sol com desenhos e enfeites no retrovisor interno, a onda é personalizar.
A mania de enfeitar o carro é tão grande que, tempos atrás, a socialite Vera Loyola chegou a cortar retalhos de tapete persa para colocar em seus carros. Claro que você não precisa chegar a esse ponto porque, afinal de contas, um tapetinho persa custa os olhos da cara, mas vale investir em saches de cheiro, brinquedinhos ou acessórios bacanas e funcionais.
Pendurar dados de pelúcia, colar adesivos da gatinha Hello Kitty ou frases que demonstram pensamento ou religião é tão comum quanto escolher chaveiros engraçadinhos para as chaves do carro.
"O carro sempre tem a cara do dono. Ele reflete se a pessoa é organizada, enfeitada ou não. Já atendi uma paciente que disse que só faltava levar o secador de cabelos no carro", diz a psicóloga Neuza Corassa especializada em trânsito pela PUC-RS, autora do livro "Vença o medo de dirigir - Como superar-se e conduzir o volante da própria vida", editora Gente, e da pesquisa "O uso do carro como extensão da casa e os conflitos no trânsito".