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  Maria Helena Lodi
Os homens assumem sua vaidade

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O falso displicente
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Brinco na orelha, reflexos no cabelo e esmalte nas unhas. Nada de mais. Afinal, se o David Beckham pode, why not? Homens como o jogador inglês e o apresentador paulistano Marcos Mion estão se tornando ícones de uma nova tendência: certos produtos de beleza, antes desconhecidos da maioria dos homens, agora tem passe livre entre eles.

O ícone David Beckham bem que poderia ser garoto propaganda da Revlon ou coisa assim. Afinal, os esmaltes sumiram das prateleiras em Londres, como diz o conceituado site Fashion.net em sua revista Lumiere.com. Em junho (antes da Copa do Mundo) ele apareceu na capa da Marie Claire inglesa. Um feito mais do que importante, já que é a primeira vez que um homem é retratado na capa da publicação. Brincos de brilhante, regata canelada preta, tatuagem, pele bronzeada... soa um pouco clichê? Mais responsabilidade ainda para o ídolo - haja atitude para segurar isso tudo.

Entrevistado pela Marie Claire, ele mostra mais do que atitude. As respostas foram curtas, bem humoradas e aparentemente seguras. "Todo esse cuidado faz você se sentir bem. Eu não me acho vaidoso", disse ele. Quanto ao cabelo, sempre com um corte diferente, ele coloca a responsabilidade em sua personalidade. "Sou do tipo que gosta de mudar as coisas", conta. Quanto ao esmalte, uma escolha bem mais arriscada, faz logo uma brincadeira - rindo, ele responde: "pareço uma menina?". Uma boa deixa para a jornalista, que o questionou sobre a possibilidade de se transformar em um ícone para os gays: "Estou bastante confortável com isso", garante.

Alguém já reparou nas unhas do Mion? O apresentador, sempre com ar displicente, aderiu à moda do esmalte, dessa vez, preto. Combina com seu jeito, combina com a bandana, com a tatuagem. É mais um detalhe ou, porque não, um charme que reforça seu lado anárquico. E quem se lembra do Fabricio do BBBrasil? Isso para não falar do Supla e outros góticos, dandies e boêmios que parecem saídos do final do século 19 e agora estão ditando moda. Questão de gosto, de estilo e de ousadia.

E existe muito mais a ser explorado no universo da vaidade masculina. É uma questão de tempo para que a grande maioria dos homens se sinta mais à vontade utilizando serviços e produtos direcionados apenas à estética e ao bem estar. Deixar de lado o preconceito e a falta de hábito ainda será uma batalha a ser vencida. Cabe ao marketing dessa mega indústria usar sua criatividade e poder de persuasão para substituir alguns padrões considerados sinônimos de masculinidade.

Maria Helena Lodi

 
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