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Três anos depois de tudo o que aconteceu, temos alguns motivos para ficar felizes. Honramos a memória de nosso amigo e ajudamos a manter o Recife como um dos principais pólos culturais do País. Vimos a Nação Zumbi levantar das cinzas, recuperar-se do baque e voltar a fazer soar seus tambores poderosos, uma quase ressurreição que surpreendeu a muita gente. Assistimos, também, ao povo do Recife e de todo o Brasil reverenciar a memória e o talento do amigo, algo tão difícil nesses tempos de memória curta e ídolos de quinze segundos de fama. Mais que isso: com o CSNZ, constatamos até meio surpresos o quanto as música de Chico Science (e da Nação, é claro) era reconhecida lá fora, porque, afinal, não é todo dia que Goldie, David Byrne e o Fila Brazilia juntam forças para homenagear o groove de um malungo do terceiro mundo.
Que pecado, interromper tão cedo a trajetória desse cientista dos ritmos! Que desperdício, logo na hora em que ele começava a brincar com o drum and bass e suas batidas quebradas, aparecer uma curva e um poste estúpido qualquer! Ninguém nesse Brasil dos anos 90 chegou nem perto de Chico nessa arte. Os anos passam e o mestre permanece insuperável...
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