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Laptop Music

Tecladistas, Djs e músicos em geral que vivem em trânsito nem sempre podem se dar ao luxo de carregar por aí quilos e quilos de equipamento. E, mesmo quando o fazem, certamente desejam poder reduzir tudo a praticamente um item: um laptop.

É claro que o PowerBook encabeça a lista dos objetos do desejo, seguido de perto pelo iBook. Atualmente, a maior parte de um estúdio pode ser confinada dentro do HD de um notebook: sequenciadores e editores de áudio e MIDI, efeitos, sintetizadores e samplers virtuais, programas de notação, entre outras coisas.

Com isso e mais a saída (e entrada, dependendo do modelo de PowerBook ou iBook) de áudio do notebook já é possível fazer som profissional, ainda mais se você está na onda da música eletrônica.

Mas é possível adicionar mais equipamentos ao seu produto portátil sem perder a mobilidade. Já existem interfaces de áudio e controladores MIDI pequenos o suficiente para caber na sua mochila ou, dependendo, até no bolso. Conforme veremos adiante, ainda é possível adicionar outros elementos, como alto-falantes, para viver livre , leve e solto.

iBook ou PowerBook?

A boa notícia para quem já tem um notebook da Apple é que a parte mais cara de seu estúdio portátil já está comprada. O resto agora pode ser peixe pequeno, dependendo de suas necessidades. Porém, é preciso saber se sua máquina atenderá às suas necessidades. Para quem usa ou pretende utilizar muitos efeitos, além de instrumentos e samplers virtuais, processamento é a palavra chave. Quanto mais "bombado" o processador, maior o número de plug-ins que podem ser rodados em programas como o Logic ou Cubase; no caso do Reason 2.0, é possível empregar mais módulos.

O iBook, por ainda usar processadores G3, certamente tem poder de fogo bem menor do que qualquer PowerBook atual (Titanium ou Aluminum). Por outro lado, ele é mais barato, e dinheiro sempre é uma questão relevante, já que os preços dos últimos modelos do PowerBook não estão muito convidativos por aqui. Assim, o iBook pode ser uma boa pedida para DJs ou tecladistas que tocam ao vivo, que podem substituir diversos teclados e módulos de timbre por um notebook ligado a um controlador MIDI, através de uma pequena interface MIDI USB. Mesmo assim, determinados instrumentos - como bons samplers de piano, por exemplo - podem exigir demais do pequeno iBook.

Mesmo que você opte pelo PowerBook, outro ponto importante é memória RAM. Para usufruir tranquilamente de muitos instrumentos virtuais e plug-ins, é essencial ter boa quantidade de RAM instalada no Mac. Pessoalmente, sugiro 384 MB ou mais.

Interface de Áudio

Uma interface de áudio digital USB ou FireWire pode não ser um bem de primeira necessidade, principalmente no caso dos novos iBooks e PowerBooks, que já trazem entradas de áudio com resolução de 24 bits. Se você é músico diletante ou trabalha com música eletrônica, talvez gravar sons não seja importante e uma interface de áudio não faça falta. No entanto, se qualidade e versatilidade de gravação é algo que você valoriza, isso é um aspecto a se considerar com carinho. Em primeiro lugar, um dispositivo com pelo menos duas entradas de áudio com controle de ganho (pré-amplificadas) permitem ligar um microfone diretamente nelas, sem a necessidade de um mixer ou algo do gênero. Além disso, uma interface de áudio pode propiciar melhor qualidade de monitoração, tanto no fone de ouvido quanto em alto-falantes. Sem contar que algumas delas já vêm com portas MIDI incluídas (ver adiante).

Os modelos mais portáteis costumam usar a interface USB, o que significa que funcionarão na maioria dos notebooks da Apple, inclusive modelos mais antigos, mas, por outro lado, limitam bastante a quantidade de dados que pode ser transmitida entre o Mac e o dispositivo de áudio. Já produtos FireWire podem proporcionar alto desempenho, mas, em compensação, costumam ser mais caros.

Mbox

É a menor interface da Digidesign, criadora do famoso Pro Tools. Utilizando interface USB, traz duas entradas e saídas analógicas de áudio com pré-amplificadores de microfone da Focusrite (com phantom power), o que é sinônimo de alto padrão de áudio, e qualidade de 24 bits e 48 kHz. Oferece ainda controle de ganho individual por canal, saída independente para fone e monitoração com latência zero (isto é, sem tempo de atraso). Acompanha o programa Pro Tools LE.

MOTU 828

Se você quer ter um estúdio portátil profissional, a MOTU 828 é uma das melhores opções. Foi um dos primeiros dispositivos do gênero a adotar o padrão FireWire, oferecendo oito entradas e saídas analógicas de áudio, além de comunicação digital S/PDIF e ADAT com qualidade de 24 bits e 48 kHz. Traz dois pré-amplificadores de microfone com phantom power e controle de volume independente de fone de ouvido. Suas proporções (uma unidade de rack) não são tão adequadas para o transporte, mas não o transformam num trambolho. Ideal para quem quer estar preparado para qualquer eventualidade de gravação.

Duo

Para quem quer uma solução realmente prática e portátil para seu estúdio móvel, a Duo, da M-Audio, pode ser uma alternativa e tanto. É uma interface de áudio USB bem compacta, que já inclui comunicação MIDI. Oferece duas entradas de microfone (com phantom power) e duas entradas de linha para plugues "banana". Inclui um botão para habilitar monitoração de latência zero (o que é muito importante em dispositivos USB, já que a comunicação com o computador é mais lenta) e saída independente para fone de ouvido. Com a Duo, é possível gravar sons a 24 bits em sample rates de 44,1, 48, 8,2 e 96kHz, além de conectar com outro dispositivo digital através da saída S/PDIF.

iMic

Se seu iBook ou PowerBook não tem entrada de áudio e você está procurando algo muito simples apenas para poder gravar som em seu notebook, o iMic, da Griffin Technology, pode ser boa pedida. E ele também pode ser a saída de áudio preferencial de seu Mac. O iMic oferece processamento interno de 24 bits e não requer instalação de drivers para usá-lo tanto no OS 9 quanto no X. É só plugar e sair usando.

O produto emprega conectores "bananinha" (P2), de modo que talvez seja necessário um adaptador para conectar seu microfone ou um pré-amplificador com phantom power, caso seja necessário.

Fique ligado

  • Phantom power - A maioria dos microfones chamados "condensadores" (eletreto) requerem uma tensão fixa de 48 volts para funcionar. Por isso, pré-amplificadores e mesas de mixagem costumam incluir o botão Phantom Power. Não se preocupe: não há o perigo de essa energia, transmitida pelo próprio cabo do microfone, danificar um microfone que não necessite phantom power.

  • Monitoração de latência zero (zero latency monitoring) - Recurso presente em algumas interfaces de áudio que possibilita direcionar o sinal de gravação diretamente para a saída, sem passar pelo computador.

    Controlador MIDI

    Definitivamente, o mouse não é o melhor modo de interagir com o computador quando se trata de criar música. O teclado, este sim, é o verdadeiro "mouse musical". Os controladores MIDI (teclados normalmente sem timbres internos, feitos exclusivamente para acionar timbres no computador ou em outros módulos) vêm acompanhando o avanço dos "estúdios desktop" e, atualmente, podem controlar parâmetros e filtros dos instrumentos virtuais como o Reaktor, da Native Instruments. Conheça alguns deles.

    Oxygen 8

    Com apenas 25 teclas, o Oxygen 8, da M-Audio, é um controlador MIDI USB ultraportátil. Além disso, o preço (menos de R$ 900) é super em conta. Traz outros controles configuráveis para controlar parâmetros e canais MIDI. O número de teclas reduzido dificulta a execução de composições de piano, sendo mais indicado para tocar ritmos ou linhas melódicas. Ele é tão portátil que a MA-Audio lançou uma mochila onde cabem perfeitamente um laptop, o Oxygen 8 e uma interface de áudio, como a Duo.

    Edirol PC-300

    A Roland criou há alguns anos a Edirol, empresa especializada em produtos para música desktop, que lançou o PC-300, primeiro teclado MIDI USB do mundo. Ele é simples, elegante, traz controles para mudar a oitava e é o mais compacto modelo de 49 teclas USB disponível. Boa escolha se você não quer nada com menos notas e ainda gosta de teclas com boa resposta e sensibilidade. Midiman Keystation 49 (3) - Ainda no terreno das 49 teclas, a M-Audio também tem uma boa opção: é a Midiman Keystation 49, que tem controle de transposição de semitons, duas saídas MIDI e visor dos parâmetros da roda de pitch bend e de modulação. Só não tem botões para mudar a oitava, e é um pouco maior que o PC-300.

    Ozone: o tudo em um

    Também fabricado pela M-Audio, o Ozone parece quase igual ao Oxygen, mas não é apenas um controlador MIDI de 25 teclas. Ele pode ser a solução para todos os seus problemas: é também uma interface de áudio USB, pré-amplificador de microfone com phantom power e interface MIDI com duas saídas.

    O Ozone oferece qualidade sonora de 24 bits a 96 kHz, entrada para instrumento, entrada auxiliar estéreo, saída de fone de ouvido e monitoração de latência zero. O preço (cerca de R$ 1.800) é razoável, e suas dimensões, compactas: 40 x 28 x 7,6 cm. Com isso, dá para fazer música até no lavabo da sua casa.

    Interface MIDI

    Interfaces MIDI se fazem necessárias quando é necessário plugar controladores, sintetizadores e módulos de timbre externos. Para quem se propõe a ter um estúdio móvel, não faz muito sentido carregar muito equipamento por aí. Hoje, com a grande variedade de instrumentos virtuais que existe, você pode ter todos os seus "teclados" dentro de seu HD. Assim, uma interface MIDI USB com uma ou duas entradas/saídas pode bastar.

    Existe uma grande variedade de dispositivos no mercado. A FastLane (1), da MOTU, que custa US$ 79, conta com duas entradas e duas saídas e tem como principal vantagem o botão de MIDI Thru, que permite controlar equipamentos mesmo quando o computador está desligado. Bacana mesmo. E ainda é disponível em várias cores.
    Já a UM-1S (2), da Edirol (Roland), e a Midisport Uno (3), da Midiman, por cerca de R$ 300, são modelos mais simples, com uma entrada e uma saída MIDI.


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    Microfones

    Ter um bom microfone à mão é importante num estúdio portátil; nunca se sabe quando será necessário gravar voz, violão ou qualquer outro instrumento. Um microfone barato, versátil e resistente às intempéries é o Shure SM57 (1) - um clássico. Ótimo para gravar voz, baixo e guitarras amplificados ou percussão. Ele é resistente a umidade e impacto (juro que já vi um cara da Shure martelar um prego usando o microfone, colocá-lo dentro de um copo d'água e depois mostrar ele funcionando). Por isso, é perfeito para ser carregado de lá para cá. Não tem o som refinado dos microfones condensadores, mas em compensação não necessita de phantom power.
    É o legítimo plug and play.


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    Para quem quer gravar instrumentos acústicos e vozes com mais qualidade pode experimentar o AKG C 1000 S (2) (que pode funcionar com uma bateria de 9 volts, na ausência de phantom power) ou o Røde NT (3), o microfone que uso há mais de quatro anos. Ambos têm preços acessíveis e são de ótima qualidade. No entanto, é preciso tomar cuidado com esses microfones, pois o diafragma é sensível a umidade e impactos fortes. Por isso, sugiro acondicioná-los bem e manejá-los com carinho.


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    Monitoração

    Se você realmente quiser ter uma boa referência sonora para realizar suas mixagens, é indispensável um excelente fone de ouvido e um par de monitores (alto-falantes) de referência.

    Fones de ouvido existem em grande variedade e diferentes formatos. Os modelos que acompanham tocadores de CDs e MP3 portáteis certamente não são uma opção viável no caso. Fone de ouvido bom para mixagem é grande (fechado, tecnicamente chamado de supra-auricular) e custa bem mais do que R$ 30.

    Boas opções a um preço razoável são o Samson CH700 (1) (por volta de R$ 350), Sony MDR-7506 (2) (R$ 650) ou, se você quiser logo abafar, o AKG K-240M (3) (R$ 800), que é um dos modelos mais comuns em estúdios em todo o mundo. É claro que essas são apenas sugestões. Existem muitos outros modelos legais por aí; o limite é o seu bolso.


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    Em relação aos alto-falantes, é praticamente impossível encontrar bons produtos para estúdio que sejam ultra-portáteis. No entanto, quem chega mais próximo disso é o V4 (4), da KRK. É um monitor ativo (isto é, pré-amplificado) bem compacto: 23,5 cm de altura por 15,2 cm de largura e 19,7 cm de profundidade, pesando quatro quilos. É claro que, com essas dimensões, a resposta de graves de um par de V4s não é grande, mas o fato de ela emitir frequências de 65 Hz até 21 KHz não é mau. Nada que um subwoofer auxiliar não resolva. O som é de ótima definição, e o design é bem elegante. Existem monitores melhores, mas nenhum com tais dimensões. Por isso, considero a V4 a melhor opção para seu estúdio portátil.
    O preço é em torno de R$ 4.500 o par.


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    Outra opção de monitor ativo, mais barato e um pouquinho maior, é o Audiophile BX5 (5) da M-Audio. Ele tem resposta de frequência de 56 Hz a 20 kHz e custa R$ 3.600 o par.


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    Sequenciador

    Escolher um programa para criar música é uma tarefa que depende do tipo de trabalho que você se propõe a fazer. Para quem está na onda do som eletrônico, o Reason 2.0 (1) (ver Macmania 103) é um ótimo ponto de partida. Esse programa da empresa sueca Propellerhead Software (www.propellerheads.se) reúne praticamente tudo o que você precisa - teclados, baterias, efeitos, mixer - em uma só janela. Rodando perfeitamente no OS X, conta com mixer de 14 canais, bateria eletrônica, dois tocadores de samples, um sintetizador analógico e um digital e sequenciador de padrões rítmicos, além de outras novidades. É possível ajustar todos os parâmetros facilmente com o mouse ou com ajuda de um controlador MIDI, para deixar o trabalho mais fácil. Tudo é empilhado como se fosse um rack de estúdio profissional. Quando um módulo é adicionado, o Reason liga automaticamente os cabos necessários ao mixer ou outro dispositivo. E você pode adicionar quantos módulos quiser. Os limites são o poder de processamento e a quantidade de memória RAM disponível em seu Mac. Ele não traz recursos para gravação e edição de áudio, nem suporte a plug-ins VST ou outra coisa do gênero. Fora isso, é perfeito.


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    Para quem trabalha mais com loops, o Live 2 (2) (R$ 1.500), da Ableton, é um programa que você pode tocar como se fosse um instrumento, integrando gravação multicanal e recursos de edição de áudio. Ele é ideal para quem faz live PA ou quer usar um sequencer simples e prático em shows. Você pode criar diferentes combinações de loops e acioná-las em tempo real com o mouse ou a partir de um dispositivo MIDI. Tudo é muito intuitivo de usar, graças à caixa de ajuda, que explica a funcionalidade de qualquer item só passando o cursor por cima. Em 30 minutos (exatamente o tempo máximo de uso contínuo que a versão demo permite), você já aprende como tudo funciona.


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    Agora, se você quer um programa para sequenciar áudio, MIDI e ainda realizar mixagens poderosas, o negócio é ir atrás do Logic, da Emagic (hoje subsidiária da Apple) ou Cubase, da alemã Steinberg, que são dois dos melhores programas de produção musical. Eles têm várias versões. O Logic Gold 5 (3) (R$ 2.500) e o Cubase VST (R$ 2.200) podem dar muito bem conta do recado, oferecendo resolução de 24 bits, até 72 canais e um amplo leque de ferramentas MIDI.


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    O Cubase SL é mais barato e garante suporte mais completo a plug-ins VST do que seu concorrente, pois muitos deles são desenvolvidos mirando o programa da Steinberg. Por outro lado, o Logic Gold possui interface mais versátil e ótimos plug-ins e instrumentos virtuais exclusivos. Além do mais, como a Emagic foi comprada pela Apple, isso garante perfeita integração entre o software e o sistema operacional.

    Quanto custa?

  • Estúdio portátil dos sonhos

    PowerBook G4 Titanium 15" 1 GHz - R$ 17.050,00
    Interface de áudio MOTU 828 - R$ 5.700,00
    Interface MIDI MOTU FastLane - USB-R$ 600,00
    Controlador MIDI Edirol PC - 300-R$ 1.800,00
    Microfone AKG C 1000 S - R$ 2.500,00
    Monitores KRK V4 (par) - R$ 4.500,00
    Fones de ouvido AKG 240 M - R$ 800,00
    Emagic Logic Gold 5 - R$ 2.500,00
    Plug-ins Waves Renaissance Collection - R$ 2.500,00
    Total - R$ 37.950

  • Estúdio portátil versátil

    PowerBook G4 Titanium 15" 867 MHz - R$ 11.300,00
    Interface de áudio/MIDI M-Audio Duo - R$ 1.500,00
    Controlador MIDI Oxygen 8 - R$ 860,00
    Microfone Røde NT - R$ 2.000,00
    Monitores M-Audio SP (par) - R$ 3.600,00
    Fone de ouvido Sony MDR-7506 - R$ 700,00
    Steinberg Cubase SL - R$ 2.200,00
    Total - R$ 22.460,00

  • Miniestúdio ultraportátil

    iBook G3 800 MHz - R$ 7.980,00
    Controlador/Interface de áudio/MIDI Ozone - R$ 1.800,00
    Microfone Shure SM-57 - R$ 400,00
    Fones de ouvido Samson CH700 - R$ 350,00
    Propellerhead Reason 2.0 - R$ 1.400,00
    Ableton Live 2.0 - R$ 1.500,00
    Total-R$ 13.430,00

  • Outros preços

    Interfaces de áudio
    Digidesign Mbox - R$ 3.500,00
    Griffin iMic - R$ 250,00

    Controlador MIDI
    M-Audio Keystation 49 - R$ 1.150,00

    Interfaces MIDI
    Edirol UM-1S - R$ 300,00
    M-Audio Midisport Uno - R$ 290,00

    Onde encontrar

  • MOTU, M-Audio, Emagic, Steinberg, Waves e Propellerheads:
    Quanta Music - 19-3741-4644 www.quanta.com.br
  • Griffin: MacDatalands - 11-3662-2733 datalands@terra.com.br
  • KRK: Visom Digital - 21-493-9590 visom@uninet.com.br

    Demais produtos:

  • Gang - 11-3061-5000 www.gangmusic.com.br
  • Made in Brazil - 11-3061-0101 www.madeinbrazil.com.br
  • Playtech - 11-3225-0505 www.playtech.com.br
  • Tango - 11-3064-0600 www.tangomusic.com.br

    Freewares, Sharewares e Plug-ins

    Para quem está curto de grana - ou seja, a maioria - existem muitos programas, plug-ins e instrumentos virtuais disponíveis para download gratuito na Internet. Experimente visitar o www.sharewaremusicmachine.com. Lá você encontra uma série de plug-ins úteis, como o SampleTank FREE, que é uma versão totalmente funcional do Sample Tank, mas sem a biblioteca de sons. Depois, você pode baixar samples para o programa gratuitamente do site (www.sampletank.com). Outras boas opções são os sintetizadores virtuais JX10, DX10 e ePiano (www.mdavst.com) e o FM Synths, Vivaldi e Ganymed, desenvolvidos por Stefan Jeworowski (https://mitglied.lycos.de/blueflameman), além do ZR-1 e ZR-3 (https://rumpelrausch.zde.vu), com sons de órgãos. Dá para se divertir bastante com eles.

    E tem também o Pro Tools Free, que pode ser baixado gratuitamente do site da Digidesign (www.digidesign.com.br). Ele só roda no OS 9, mas rola bem com o sistema de som do Mac.

    Muitos dos programas de produção musical já incluem plug-ins de reverb, equalização e compressão. Mas se você está interessado em um pacote profissional com tudo que é essencial para sua mixagem, a sugestão é o Renaissance Collection Native 3.2, da Waves. Os destaques vão para o reverb e o compressor, que soam muito bem em minhas mixagens. Como todo bom plug-in de reverb, esse da Waves consome bastante processamento do Mac. Mas um iBook de 600 MHz pode dar conta dele, se já não estiver rodando outros plug-ins pesados.

    Áudio só no Mac OSX

    Calma, gente, estamos quase lá

    Um relatório do Peabody Institute, intitulado "Medições de Latência de Áudio em Sistema Operacionais Desktop", menciona o OS X, com sua tecnologia CoreAudio, como um dentre quatro sistemas que tiveram latência de menos de 2,9 milissegundos. Os outros três eram PCs Pentium III/933 MHz com Windows 2000 com ASIO e duas versões de Linux com software de terceiros. No entanto, o OS X foi o único sistema capaz de atingir essa diminuta latência sem qualquer hardware ou extensão adicional.

    Isso foi em agosto de 2001, pouco depois do lançamento do OS X. Poderíamos imaginar, que, dois anos depois, ele já seria a plataforma dominante no mundo do áudio. Mas a história não é bem essa; o mundo do áudio hoje encontra-se dividido entre os dois sistemas operacionais.

    É certo que muitos programas de áudio e MIDI já foram lançados para o OS X, como Logic, Reason, Peak, Cubase e Pro Tools 6. Mas a questão não é tão simples. Há ainda muitos plug-ins, instrumentos virtuais e dispositivos que não funcionam no OS X. E alguns deles talvez nunca possam fazer parte da nova onda, como as interfaces MIDI com conector serial.

    A verdade é que, há dois anos, quando a primeira versão do OS X saiu, a Apple acenava com promessas de integrar multicanais de áudio e MIDI ao coração do sistema operacional, eliminando o fantasma da latência. Na época, o OS X era praticamente um beta e, embora fosse evidente que ele tinha um grande potencial, esses recursos eram apenas promessas. Somente com o lançamento do Jaguar (OS X 10.2), há poucos meses, é que pudemos ver nele um sistema operacional realmente comprometido com o áudio profissional, incorporando as tecnologias CoreAudio, CoreMIDI e Audio Units (efeitos de processamento de áudio integrados ao OS X), além de suporte a 96 kHz e 24 bits. Demorou 15 anos, mas a Apple fez sua parte e por fim apresentou uma plataforma realmente comprometida com o áudio.

    Perfeito! Com isso nas mãos, os desenvolvedores finalmente começaram a botar a mão na massa e portar seus produtos para o OS X. Porém, em alguns casos, há decisões estratégicas a serem tomadas. Várias tecnologias que dominaram o cenário do áudio durante o reinado do sistema clássico não podem fazer parte da Nova Era. É claro que nessa lista estão gerenciadores de MIDI como o FreeMIDI, da MOTU, e o há muito moribundo OMS, da Opcode. Tecnologias como ASIO, EASI e Direct I/O também podem desaparecer, já que o CoreAudio oferece um sistema eficiente de gerenciamento do fluxo de áudio no Mac. E os plug-ins VST, MAS, RTAS? As empresas continuarão ou não apostando na tecnologia Audio Units do OS X? O mais provável é que esses formatos persistam até que a opção da Apple prove ser uma alternativa viável e realmente eficiente.

    E a compra da Emagic? O fato de a Apple ser agora dona de um dos principais programas de produção musical, o Logic, certamente não agradou empresas como a Digidesign, com seu Pro Tools, a MOTU com o Digital Performer e, principalmente, a Steinberg com o Cubase. Já que a Emagic não lançará mais versões do Logic para Windows, eu não estranharia se a Steinberg resolvesse abandonar o Mac para concentrar esforços na lacuna deixada pela Emagic no mercado pecezista. O fato é que, até o presente momento, todas essas companhias já lançaram versões de seus principais programas para OS X (com a exceção da MOTU, que ainda não anunciara uma data específica para o novo Digital Performer).

    Apesar disso tudo, o meio de campo parece já estar menos embolado. Já é possível prever que até o final deste ano os profissionais de áudio poderão usar o Mac OS X como seu primeiro sistema, talvez apenas com visitas ocasionais ao clássico. E, quem sabe, no ano que vem, pensarão em comprar um desses Macs novos que não iniciam pelo OS 9.

    Quem teme o Audio Units?

    Confira algumas empresas que já lançaram ou pretendem criar versões de seus produtos compatíveis com a tecnologia da Apple:
    Native Instruments www.native-instruments.com
    Waves www.waves.com
    Spectrasonics www.spectrasonics.net
    Elemental Audio Systems www.elementalaudio.com
    Emagic www.emagic.de
    Destroy FX www.smartelectronix.com/~destroyfx

    Márcio Nigro
    Acredita em áudio no Mac OS X e espera ansiosamente chegar seu Logic 6 para não precisar mais depender do OS 9.

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