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Macmania Test Drive

Ponha suas fotos digitais no papel

Ter uma câmera fotográfica digital é muito bom, mas você pode ficar cansado de ver suas fotos apenas na tela do Mac ou impressas em jato de tinta. Você pode até pirar e começar a pensar que bom mesmo seria fotografar em filme e revelar num laboratório, pois só assim sua tia, que não tem computador, poderia ver as fotos que você tirou no batismo de seu primo.

A solução para esse tipo de problema chama-se minilab digital. É uma poderosa máquina que amplia em papel fotográfico desde arquivos digitais gerados em computador até os velhos negativos de 35 mm. E o melhor da história é que essas máquinas já desembarcaram no Brasil (ver Macmania 72). A qualidade da impressão pode ser tão boa - quem sabe, até melhor - quanto a da revelação tradicional, e o preço não é muito maior. Uma foto tirada com uma câmera digital de 2 megapixels a 10x15 cm atinge um resultado final quase indistinguível do obtido a partir da película. Quanto ao preço, o custo/benefício chega a ser melhor em alguns casos. Nos laboratórios que participaram deste teste, uma cópia de 10x15 cm de um arquivo digital custa em média R$ 1,20. Uma cópia feita pelos tradicionais laboratórios "uma hora" de qualquer esquina sai em média R$ 1,00, em revelações de 24 poses.

O minilab é 20% mais caro, mas a vantagem do método digital é que você pode selecionar só as coisas que valem a pena passar para o papel e até manipulá-las no Photoshop antes de enviá-las ao laboratório (leia o box virando a página). Todos vão pensar que você é um ótimo fotógrafo! É o fim do desfile de cortes de cabeças, vultos indistinguíveis, cenas tremidas, olhos vermelhos e fotos cujo tema principal é a parede.

Como funciona

Mas, afinal, como é esse negócio de minilab digital? Na verdade, ele amplia fotos em papel fotográfico, como os convencionais. "O minilab digital usa um papel absolutamente idêntico ao convencional, com opções de brilhante e semifosco", explica Marcos Kim, consultor de fotografia digital da Instan Color.

O interessante é que essas máquinas aceitam a imagem sob muitas formas. Você pode entregá-las em Zip, disquete, CD, por email ou até mesmo direto da câmera digital ou do seu cartão de memória. As fotos também podem chegar em negativo, papel, Polaroid, slide ou cromo. A saída também pode ser feita em múltiplos tamanhos de 9x12 até 25x38 cm. Você ainda pode pedir para fazer um calendário, imprimir uma folha-índice com múltiplas fotos ou criar um álbum fotográfico completo.

Quem constrói o minilab?

Até agora, quatro fabricantes já vendem minilabs digitais no Brasil: FujiFilm, Noritsu, Gretag e Kodak. A grande vedete é o Frontier, da Fuji, que existe no Brasil em dois modelos, o 350 e 370. Segundo a Fuji, por estas bandas há 67 dessas máquinas, que custam US$ 170 mil cada. A participação dos outros fabricantes nos laboratórios que oferecem esse tipo de serviço por aqui é bem menor. A Gretag, por exemplo, vendeu apenas uma máquina; a Kodak, oito - considerando que a máquina da Kodak só amplia para grandes formatos e por isso tem uma demanda menor. Já a Noritsu tem aqui cerca de 10 de suas máquinas, que são as mais parecidas com as Frontier.

Comparativo dos minilabs

A esta altura você já decidiu não voltar nunca mais para a máquina com filme e procurar um lugar para revelar as fotos que estão enchendo o seu HD. Ou então, resolveu comprar agora uma câmera digital, pois só estava esperando um modo de passar as fotos digitais para o papel com qualidade garantida. Enfim, em qualquer caso você deve estar se perguntando onde pode levar as suas fotos digitais. E mais: quais laboratórios oferecem bons resultados.

Avaliamos o serviço de seis lojas. Mandamos quatro imagens para cada laboratório: duas feitas em máquinas fotográficas convencionais e escaneadas em scanners de alta resolução, e duas tiradas com uma Canon S110 com resolução de 2,1 megapixels (1600x1200 pixels). Na verdade, enviamos duas versões da mesma foto digital: com e sem tratamento de imagem no Photoshop para correção prévia de cores (ver a técnica para isso no box à direita).

A qualidade da revelação foi idêntica em todos os laboratórios, o que não é muito surpreendente, já que o equipamento usado foi sempre o mesmo: o Frontier da Fuji. As cores são quase perfeitamente idênticas ao que se vê na tela; a diferença é pequena demais para ser percebida nas amostras impressas neste artigo. O papel usado foi sempre o glossy (liso brilhante), o mais usual, com a única exceção da Tecpress, que usou papel texturizado semifosco.


Formato do arquivo

Saber o formato em que deve ser enviado o arquivo é fundamental. Em geral, ele pode ser em BMP, JPEG ou TIFF. Também podem ser enviados outros formatos, como PSD, CDR, EPS e PDF, mas eles terão que ser convertidos no laboratório - e isso é cobrado à parte.

No nosso teste, mandamos por email as imagens em TIFF, o que não é muito recomendável. As quatro juntas tinham o tamanho de 18 MB. O formato TIFF é codificado de forma diferente no Mac e no PC; alguns minilabs, como o da Kodak e da Noritsu, só aceitam TIFF sem a compressão LZW, que é embutida no arquivo por default.

O ideal, então, é mandar as imagens em JPEG, a começar porque esse é o padrão normalmente utilizado pelas câmeras digitais, tem um grau de compressão bem maior e é multiplataforma. Em JPEG com compressão de alta qualidade (12 na escala de 0 a 12 do Photoshop), nossos 18 MB se transformaram em 10 MB.

O espaço de cor deve ser RGB; não tem discussão. CMYK e Lab são terminantemente proibidos. Se as fotos forem enviadas em CMYK, o laboratório fará a conversão de qualquer jeito.

Resolução

A resolução deve ser de 300 dpi. Caso você mande, por exemplo, uma imagem de 10x15 cm a 600 ppi (o dobro), o minilab a interpretará como tendo 20x30 cm (o dobro)! Ou seja, três quartos da foto vão pra cucuia.

Se você mandar a imagem por email, é preciso que o arquivo anexado seja codificado para Windows (MIME/Base 64). O processo é fácil. No Outlook, por exemplo, na área Attachments, onde está escrito "Encode for any computer" mude para "Encode for Windows". Isso evita que os laboratórios recebam a imagem duplicada: uma versão minúscula - que não abre - e outra grande, a verdadeira.

Aliás, é importante ter em mente que o coração do minilab é sempre um PC. Ainda que a maioria aceite arquivos de Mac, é bom salvá-los em formato PC, com extensão de três letras (no caso, .JPG) e tudo. Se você for levar em Zip ou disquete, eles devem ser formatados também para Windows.

Para receber as fotos, há várias possibilidades: retirada no balcão da loja, entrega por motoboy ou Sedex. Aí depende de quanto você quer gastar, já que os serviços de entrega são pagos. Em casos de entrega a domicílio, os laboratórios demoram cerca de dois dias e o serviço é cobrado à parte. Se você for retirar na loja, você tem suas fotos no dia seguinte ou até no mesmo dia.

Em resumo: esses minilabs estão dando um sentido maior ao mundo da fotografia digital, que já pode chegar ao papel com ótima qualidade e custo baixo. Só falta mesmo é os preços das câmeras digitais ficarem um pouco mais populares. Mas isso é uma questão de tempo.

Daniel Roncaglia

Onde revelar suas fotos digitais
Laboratórios Preço da revelação 10x15 Tamanhos disponíveis Endereço Telefone e email
Instan Color R$ 1,20 9x12 a 50x80 cm R. Muniz de Souza, 1005 - Aclimação - São Paulo/SP 11-3207-2196/3207-0161 - 2186
@terra.com.br
Espaço Visual R$ 1,30 10x15 a 25x38 cm R. Dr. Amâncio de Carvalho, 177 - Vila Mariana - São Paulo/SP 11-5084-6255 - info-evisual
@evisual.com.br
Espaço Liberdade R$ 1,80 2x2 a 25x38 cm Praça da Liberdade, 169 - Liberdade - São Paulo/SP 11-3105-6355 - espacoliberdade
@uol.com.br
Automátika R$ 1,50 3x4 a 25x38 cm Shopping Metrópole - Praça Samuel Sabatini, 200, loja 102 - São Bernardo do Campo/SP 11-4123-0926 - automatika.digital
@terra.com.br
Photo Tecpress R$ 1,30 9x13 a 25x38 cm R. Apinagés, 1057/1061 - Perdizes - São Paulo/SP 11-3862-3011 - phototecpress
@uol.com.br
Sol Nascente R$ 1,20 9x12 a 25x38 cm R. Voluntários da Pátria, 239, loja A - Botafogo - Rio de Janeiro/RJ 21-2286-8197/2527-2721 - solnascentebota
@uol.com.br