Home Page





Pergunte aos Pros




Macmania
Resenhas

A Máquina do Som

O Mac é o paraíso dos sintetizadores virtuais

Que tal poder resgatar o belo som de um Hammond ou de um Minimoog?
E que tal poder criar uma música com o som dos dois? Até pouco tempo isso seria um sonho impossível para os menos abonados. Itens raros como esses podem custar uma fortuna.
E teclados e módulos digitais modernos capazes de simular realisticamente os timbres de Hammond e Moog também causariam um belo rombo em seu orçamento. Os sintetizadores virtuais tornam tudo mais fácil, prático e barato. Em vez de pagar US$ 3.000 ou mais em um equipamento, talvez encontre o que quer por algo entre US$ 150 e US$ 600 nos EUA. Certamente, uma boa idéia. Mas chega de lero-lero-vem-cá-que-eu-também-quero e vejamos alguns dos melhores sintetizadores virtuais disponíveis atualmente para o Mac OS.


Absynth
US$ 150
Absynth


O Absynth é uma boa opção para quem quer criar timbres diferentes. Nele você encontrará quatro filtros, seis osciladores e três moduladores, além de efeitos, formatos de ondas e processador de delay para ajudar no processo criativo. A interface é simpática mas poderia ser um pouco mais fácil de se utilizar, pois o mouse não resolve tudo e é necessário digitar os valores de cada parâmetro. Por outro lado, é muito fácil combinar diferentes técnicas de sintetização. O Absynth traz o Waveform Editor, que permite que você modele como quiser o formato de onda a ser utilizado pelos osciladores. E os resultados são ouvidos enquanto é feita a edição.

Os efeitos de modulação de delay também impressionam bem: os tempos de delay podem variar de apenas um sample (amostra) até 10 segundos. E é possível utilizar até seis delays em paralelo para criar ótimos efeitos de flanger e chorus. O Absynth vem ainda com 100 bons timbres prontos para você não ter que sair do zero. Além disso, é possível baixar outros da Internet, como o fantástico e esquisito "Vampyrs and guitars", que pode ser encontrado no site oficial. O Absynth pode ser controlado via MIDI através do software OMS (Opcode Music System), mas, infelizmente, não é possível controlá-lo a partir de um sequenciador. O ideal seria haver uma versão VST 2.0, por exemplo, para se tirar proveito máximo do programa. Em vez disso, o Absynth permite gravar uma sequência de notas e sons de até 32 segundos (16 segundos em estéreo) para o disco e depois importar o arquivo AIFF para outro programa. Oferece ainda o recurso Overdub, que possibilita adicionar outras camadas de som ao que você já gravou.

B4
US$ 235
Native Instruments


O B4 é um emulador do famoso Hammond-B3, até hoje usado por músicos de blues, jazz e soul. Para conseguir essa façanha - e, acreditem, é realmente uma façanha - a Native Instruments, a mesma do Reaktor e do Pro-52, não economizou esforços e investiu bastante na análise da geração dos sons eletromecânicos e dos circuitos valvulados do Hammond. O B4 é baseado na mesma tecnologia do Reaktor, que consegue recriar várias nuances dos órgãos de alto-falante giratório, como feedback harmônico, vibrato e outros detalhes. E o resultado assusta: é igualzinho ao instrumento real - para os leigos, é claro.

Tudo foi tão bem cuidado que a própria interface do programa tem todos os controles do Hammond-B3 original, incluindo os pedais de baixo. Fantástico! Quem nunca viu um órgão desses antes talvez se embanane um pouco até entender como funciona todos os controles do B4. Mas não há grandes segredos: vá fuçando nos botões e faders e veja o que acontece. Tem até uns botões que emulam a forma de captação dos microfones (virtuais, é claro), dando mais realismo a coisa. A partir de um teclado MIDI, você pode controlar a velocidade de rotação dos falantes, utilizando o joystick do próprio teclado MIDI (se houver).

O B4 está disponível como um programa independente, mas também funciona como um instrumento VST 2.0, podendo ser utilizado com qualquer sequencer que trabalhe com esse formato.
É também compatível com o padrão DirectConnect do Pro Tools. Isso posto, não há muito mais o que falar sobre o B4. O som fala por si próprio.

PPG Wave 2.V
US$ 199
Waldorf


O PPG Wave 2.V, da Waldorf, completa o ciclo nostálgico dos sintetizadores, nos remetendo diretamente ao início dos anos 80. Nele você poderá ouvir e criar timbres similares aos do DX-7 da Yamaha ou aos do Poly 800 da Korg. Disponível como instrumento VST 2.0, ele é uma boa pedida para usuário de Logic, Cubase ou outro software compatível. Um dos diferenciais do PPG Wave é o fato dele não trabalhar com os padrões de onda estáticos e convencionais mas com osciladores de ondas digitais e filtros análogos, ampliando as possibilidades criativas. Cada oscilador pode usar um dos 32 wavetable (tabela de onda) disponíveis (cada wavetable é um conjunto de 64 formas de ondas digitais). A partir daí, é possível mexer nos osciladores, filtros e outros recursos para criar o timbre, sendo que todos os paramêtros podem ser editados com o próprio mouse. Tem até o recurso para criar arpegios de notas sequenciais; basta dar o acorde que o PPG Wave faz o resto sozinho. A polifonia depende basicamente do poder de processamento do Mac. Cada sintetizador pode ser utilizado até oito vezes simultaneamente, sendo que cada um pode utilizar oito timbres. O programa já inclui 700 sons pré-programados e é possível automatizar todos os parâmetros via MIDI.

ES-1
US$ 99
Emagic


Quem é adorador do sequenciador de áudio e MIDI Logic Audio vai curtir o ES-1. Os dois programas são da mesma empresa (a Emagic) e, por isso, feitos um para o outro. É de se esperar que integração e facilidade de uso sejam as palavras chaves.

O ES-1 é o primeiro instrumento virtual feito exclusivamente para a série Logic e seguindo os altos padrões de interface da Emagic. Como um sintetizador real, o ES-1 oferece um gerador de timbres bem flexível, incluindo percussão e efeitos exóticos. Dependendo do poder de processamento de seu Mac é possível utilizar até oito instrumentos ao mesmo tempo dentro do Logic Audio (MicroLogic AV, Silver, Gold e Platinum), cada um com um total de 16 vozes. Nada mal.

As vantagens de se usar um sintetizador feito especialmente para o Logic são muitas:
1) Precisão de resposta equivalente a qualquer dispositivo MIDI externo.
2) Todos os parâmetros podem ser automatizados com precisão e ainda é possível utilizar todos os efeitos internos do mixer digital do Logic para processar os sons.
3) No Logic Audio Gold and Platinum, as gravações de áudio podem ser direcionadas para o ES-1 e usadas como fontes de modulação.
Utilizar o sintetizador virtual da Emagic vira uma grande brincadeira com ótimos resultados. Infelizmente, só quem usa o Logic Audio poderá brincar, o resto tem que ficar de fora, chupando o dedo.
A interface é muito bem bolada, fácil de usar e realmente dá para criar uns sons "mutcholôcos" rapidamente. Mas o ES-1 não chega a ser de cair o queixo. A reclamação principal fica por conta dos presets que não são tão bons quanto poderiam ser.

ReaktoR
US$499
Native Instruments


O Reaktor, da Native Instruments, é certamente um dos sintetizadores virtuais mais poderosos que você vai encontrar. Ele redefiniu os conceitos de "sintetizador", "sampler" e "efeitos", oferecendo um estúdio de design de som completamente modular que deixa você livre para criar seu próprio software de sintetizador em tempo real.

O programa inclui mais de 200 módulos básicos que cobrem uma grande variedade de métodos de sintetização e permitem criar virtualmente qualquer som desejado. É claro que você não vai conseguir o que quer de primeira. Terá que ler o extenso manual e ralar muito para chegar lá.

A biblioteca de timbres contém mais de 300 instrumentos que podem ser facilmente adaptados às suas configurações e modificados em seus diversos parâmetros. Você é quem decide para onde quer ir. A interface é meio tosca e tem elementos típicos do Windows (a empresa diz que a versão 3.0 vai ter nova interface). Mas isso importa muito pouco, pois o Reaktor é muito poderoso. Para compensar, como o programa tem muitos usuários fanáticos, a moçada fica criando uns timbres cabeludos e fazendo upload para o site da Native Instruments. Lá você vai encontrar desde timbres clássicos até sons de outro mundo. Assim, seu banco de timbres não vai para de crescer nunca!

O programa aceita sample rates de 22,05 KHz até 132.3 KHz (mas não é qualquer placa de áudio que vai conseguir trabalhar com valores tão altos) e até 16 instrumentos por módulo (com 64 vozes cada). O Reaktor ainda pode ser integrado a outros programas a partir dos padrões VST 2.0, DirectConnect, além de aceitar placas de áudio que suportem o padrão ASIO.

ReBirth 2.0
US$ 199
Propellerheads


O ReBirth é o rei na terra da música techno (pelo menos até o aparecimento do Reason, também da Propellerhead Software). Ele reúne, em apenas uma janela: um sintetizador, um sequenciador integrado, duas linhas de baixo, duas seções rítmicas, delay, distorção e compressor, entre outras coisas. E ainda possibilita fazer a automação completa dos parâmetros. Com isso tudo e um pouquinho de prática, você estará fazendo músicas inteiras para qualquer rave.

Cada compasso é dividido em até 16 "batidas", que você usa para definir os ritmos das baterias eletrônicas e também as notas do sintetizador. Você vai criando patterns (um conjunto de um ou mais compassos) e inserindo em sua música. Depois, é possível fazer a automação em tempo real de toda a seção de efeitos e pans para, no final, exportar um arquivo AIFF ou WAV de sua criação.

O legal é que não é necessário ter controladores externos, samplers ou placas especiais para tudo funcionar. Pode funcionar em conjunto com o Cubase VST, da Steinberg, e exige muito pouco do hardware, podendo ser utilizado em qualquer Power Mac, o que é uma vantagem em relação ao Reason. Por outro lado, o ReBirth não é lá muito intuitivo e não tem nenhum recurso específico para editar e monitorar a automação dos controles e parâmetros.

Reason
US$ 399
Propellerheads


Quem poderia esperar que a empresa que fez o ReBirth seria capaz de nos oferecer mais? Mais não, muito mais. Com o Reason, a Propellerhead Software concebeu um dos melhores programa para a criação de música eletrônica, sem que seja necessário ao usuário saber tocar qualquer instrumento ou usar qualquer outro programa. Tudo pode ser feito com o mouse e um mínimo de dedicação. O Reason traz, num só pacote, sintetizadores análogos, samplers, baterias eletrônicas, efeitos, sequencer multipistas e até um mixer (mesa de som) - basicamente tudo que você necessita para dar asas à imaginação - que aparecem montados em um "rack" como fazem os técnicos de áudio. Ao todo são 16 dispositivos (com o jeitão dos equipamentos reais) que podem ser usados até onde a capacidade de processamento de seu computador permitir.

O módulo NN19, por exemplo, é um sampler capaz de tocar arquivos AIFF ou WAV, oferecendo cinco filtros de equalização, ressonância, envelopes, oscilador e portamento (efeito para fazer um som "deslizar" para outro). O Reason vem com 294 samples de piano, guitarra, cordas, baixo, coral e sopros, entre outros. O ReDrum é uma bateria eletrônica com dez canais de áudio que executam arquivos AIFF ou WAV. Você tem absoluto controle sobre cada canal (volume, pan, pitch, efeitos etc.) e ainda conta com 32 padrões rítmicos programáveis. O mixer é praticamente real, oferecendo 14 canais estéreo, cada um com duas bandas de equalização, pan, controle de volume e quatro saídas auxiliares. Se você precisar de mais canais, é só adicionar mais um mixer à sua configuração. Simples, não? O mixer tem até os pedaços de fita crepe descrevendo o conteúdo de cada canal e auxiliar.

O sequenciador Matrix, por sua vez, oferece um sintetizador análogo e monofônico para criar padrões repetitivos de notas - muito mais intuitivo do que o incluído no ReBirth. Todos os módulos de efeitos incluem reverb, distorção, chorus/flanger, phaser e compressor e, para completar, o Reason tem um sequenciador em que você pode copiar trechos de um canal para outro. Ou seja, você tem completo controle sobre o processo. O Reason inclui ainda o Rebirth Input Machine, um módulo bem simples para conectar o ReBirth a qualquer dispositivo do Reason.

Um detalhe engraçado é a possibilidade de se ver a "parte traseira" de todos os dispositivos e conectar os cabos como quiser. É perfeito! Você pode ligar os equipamentos do modo que quiser, o que torna o programa ainda mais versátil. Os cabos até balançam quando você mexe neles ou move a janela de lugar. É claro que, se você não tiver idéia de como a coisa funciona, isso não vai ajudar muito. Felizmente, o programa já faz a ligação básica dos cabos virtuais quando inicia um novo documento ou adiciona um novo módulo.

Com todos esses recursos, é de se imaginar que o Reason prefira um Mac com um bom poder de processamento. Por isso, é recomendável rodå-lo em um Mac G3 ou superior. Um HD com bastante espaço livre também é uma boa idéia se você quiser instalar o banco de timbres de 500 MB - mas eles também podem ser acessados a partir do CD.

PRO-52
US$ 199
Native Instruments


Se o seu negócio é anos 60 e os sons do Prophet-5 (clássico sintetizador análogo similar ao Minimoog) moram em seu coração, então você vai se emocionar quando ouvir os timbres do Pro-52, que tem como credencial o fato de ter sido criado pela Native Instruments (a mesma do Reaktor e do B-4). Ele funciona de modo independente, mas também pode ser usado com qualquer programa que seja compatível com a tecnologia VST 2.0 e já vem com 512 presets, para que você se sinta o próprio Rick Wakeman (ou, pelo menos, um parente próximo).

A interface simula um bom e velho sintetizador análogo, mais especificamente um Prophet-5. Para editar os sons, basta mexer nos botões que controlam os filtros, osciladores e modulares até encontrar o timbre desejado. É realmente muito fácil, e o resultado é muito bom.

O Pro-52 traz alguns recursos novos em relação aos sintetizadores antigos: não tem limites para o número de vozes, inclui efeitos de delay, é sensível à pressão exercida sobre as teclas e ainda é possível automatizar todos os parâmetros via MIDI. Além disso, o programa é capaz de importar os sons do Prophet-5 (que foi o primeiro teclado a implementar a tecnologia MIDI), o que significa que o programa pode reproduzir exatamente os timbres originais.
O software suporta o padrão ASIO, para ser utilizado com as principais placas de áudio do mercado, e DirectConnect para ser integrado ao ProTools.

AS-1 2.0
US$ 259 (completo)
US$ 199 (light)
Bitzheadz


Esse é um ótimo sintetizador virtual para criar timbres da era analógica do sintetizador, como Moog e Phophet-5. O Retro AS-1 usa o poder de processamento e a RAM para rodar timbres de alta qualidade, com resposta em tempo real aos comandos MIDI. Os sons são amplamente programáveis e, para isso, existem mais de 100 parâmetros de controle.

O CD já vem com mais de mil presets de fábrica. A qualidade dos timbres é surpreendente, a maioria com efeitos em estéreo. Porém, a polifonia depende fundamentalmente da capacidade de processamento de seu Mac. É possível alcançar 64 vozes ao mesmo tempo nas máquinas mais rápidas. O Retro AS-1 oferece qualidade de som de 24 bits e 96 kHz e ainda é possível gravar os sons diretamente para o disco em 8, 16 ou 24 bits.

Há também três osciladores de oito oitavas por voz, nove formas de onda e a possibilidade de se colocar um modulador de frequência em qualquer oscilador.
O Retro AS-1 ainda inclui dois processadores de efeitos por voz, dois efeitos globais e mais duas mandadas (send) de efeito por canal MIDI.

Um dos poucos inconvenientes do programa é que, dependendo do caso, serão necessários três softwares para usá-lo: o Retro AS-1 propriamente dito, um sequenciador MIDI e o OMS, da Opcode, se o sequenciador não tiver um driver para rodar os timbres (o Logic Audio, por exemplo, não requer o OMS para usar o programa). De qualquer modo, é possível usá-lo sozinho, e para isso ele inclui o módulo Keyboard, no qual você pode usar o teclado do Mac para tocar as notas. A BitHeadz também tem uma versão Light do Retro AS-1, que traz apenas as funções principais.

Tokyo 2.5
US$ 595
Digidesign


O Tokyo 2.5 (ex-Koblo Studio 9000), da Digidesign, é um três-em-um, reunindo num só produto um completo sistema de produção de áudio. O programa consiste em dois modeladores análogos de sintetizador (Vibra 6000 e 9000), sampler polifônico (Stella9000) e uma bateria eletrônica virtual (Gamma9000).

O sampler digital e a bateria podem usar arquivos da placa SampleCell II (também da Digidesign) ou sons nos formatos AIFF ou Sound Designer e aplicar filtros e criar diferentes variações de sons. É possível controlar todos os quatro módulos do Studio9000 em tempo real a partir de um controlador MIDI externo ou então comandá-los do Pro Tools ou outro sequenciador MIDI compatível. Dá até para automatizar os botões. Para completar, o programa tira vantagem da tecnologia de streaming de áudio DirectConnect, da Digidesign. Com isso, até 16 saídas do Studio9000 aparecem como entradas no Pro Tools. Também é compátivel com os padrões DirectI/O, VST 2, ReWire, MAS, OMS e FreeMIDI.

Tudo bem, a qualidade de som é ótima, a interface é bonita e pode ser controlada somente com o mouse, mas o Tokyo ainda peca por ser muito pouco intuitivo. Cada um dos módulos aparece em uma janela separada, e você demora bastante para entender como funciona cada recurso. Além disso, é preciso ter pelo menos um G3 para fazê-lo rodar bem. O Reason dá de dez nele.

Sintetizando...

Esses sintetizadores virtuais eram o que estava faltando para completar os estúdios digitais espalhados por computadores em todo o mundo. Mais do que isso, trazem para o século 21 (e agora podemos dizer isso sem vacilar) instrumentos musicais analógicos que pareciam perdidos no tempo ou incompatíveis com o mundo digital. Eles podem não ser substitutos dos equipamentos originais, mas com certeza são similares no mínimo aceitáveis. Mas não dá para pensar que os sintetizadores atuais estejam obsoletos. Por mais que você procure, não vai encontrar por aí um software que ofereça os mesmos recursos de um sintetizador como, por exemplo, o XV-5080, um dos mais recentes e sofisticados da Roland, capaz de tocar 128 vozes, que traz cinco processadores digitais de efeito, oito canais de saída de áudio e ainda carrega 128 MB de sons AIF ou WAV em sua memória. Você também não quer um milagre, quer?

Márcio Nigro
Emociona-se ao ouvir o som do Hammond-B3.