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Tiana é a primeira princesa negra da história dos estúdios
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NOS ÚLTIMOS TEMPOS, andamos tão acostumados com a perfeição gráfica e as histórias espertas das animações Disney-Pixar que esquecemos como um bom e velho conto de fadas pode ser capaz de encantar - principalmente às crianças. O fato é que, enquanto a parceria com a Pixar rendia filmes maravilhosos como Procurando Nemo e Wall-E, os desenhos clássicos, feitos à mão, da Disney ficavam cada vez mais apagados e sofriam com a falta de um bom roteiro e personagens cativantes.
Para se ter uma ideia, desde Mulan, de 1998, o estúdio não lançava uma história de princesa. A Princesa e o Sapo chega para corrigir esse lapso. A animação retorna ao musical e ao conto de fadas sem abrir mão do acréscimo de alguns detalhes contemporâneos, como ter a primeira protagonista negra da história da Disney. Tiana é uma garota independente que não está atrás de casamento. Ela cresceu pobre em meio à ferveção de jazz na cidade de Nova Orleans. O sonho da garota é ter um restaurante e, para realizá-lo, trabalha duro.
O príncipe Naveen, por outro lado, é um bon vivant, apesar de falido. Quando uma mandinga o transforma em sapo, ele tem de achar uma princesa para beijar e voltar ao normal, mas acaba encontrando Tiana. Com personagens coadjuvantes encantadores, como o vaga-lume Ray, A Princesa e o Sapo é tão gostoso quanto A Pequena Sereia ou Aladim. (Livre) Marina Monzillo