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Herbert de Perto é repleto de imagens de arquivo com montagem rápida alternada
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NO INÍCIO DE HERBERT DE PERTO, o músico é confrontado com uma imagem sua, quando jovem, dizendo que começaria tudo de novo se algo ruim lhe acontecesse. "Esse mané não sabe o que está falando", comenta Herbert. Ao ver fotos de quando era jovem, ele se lembra de algumas coisas, outras não, e fica emocionado ao ver Lucy, sua mulher, que morreu em 2001, em acidente de ultraleve que deixou o músico em cadeira de rodas.
O acidente é abordado em depoimentos, mas não é o foco. Roberto Berliner, diretor ao lado de Pedro Bronz, acompanhou o Paralamas desde o início da carreira e fez um filme repleto de imagens de arquivo, numa montagem rápida alternada. Os diretores não escondem a amizade com Herbert e isso não desmerece o trabalho deles. A imagem de bom moço de Herbert se fortalece.
Há rápidas menções às bagunças dos tempos de juventude. Hermano Vianna, irmão do cantor, faz um paralelo entre a vida dos jovens de Brasília e o surgimento do rock. São do antropólogo as considerações mais precisas sobre a história do irmão. Ele comenta que Herbert amadureceu aos olhos do público, aponta esse crescimento também na música.
(10 anos) Aina Pinto