Foco
Traduções
ganham agilidade
Prensa
Três |
 |
Lygia:
tradução tardia para o inglês |
O ótimo
As Meninas, escrito por Lygia Fagundes Telles em 1973, somente
em 1982 foi traduzido para o inglês. O Matador, de Patrícia
Melo, publicado no Brasil em 1996, já foi traduzido para oito idiomas.
Pelo jeito, os autores da nova geração andam se saindo melhor no
mercado literário internacional que seus mestres. Ou levam menos
tempo que eles para serem traduzidos.
Ruth
Lanna, gerente de direitos autorais da Companhia das Letras, atribui
isso à figura do agente literário internacional, que até alguns
anos atrás não existia ou trabalhava apenas para escritores consagrados:
“É um cara que conhece a fundo as características das editoras estrangeiras,
mora lá e tem os contatos”.
Fernando
Rodrigues / AE |
 |
Garcia-Roza:
três livros na Itália |
O
parco conhecimento do idioma português no exterior, contudo, impõe
algumas dificuldades. “Nós temos como ler provas de livros em inglês
ou francês, mas eles têm que procurar muito até achar alguém que
possa avaliar um livro em português e daí traduzi-lo”, diz Ruth.
Mesmo
assim, autores como Milton Hatoum, que terá seu novo romance, Dois
Irmãos, traduzido para o francês e holandês nos próximos meses,
e Luiz Alfredo Garcia-Roza, com três livros publicados na Itália,
mostram que, além de pistolões, os novos autores brasileiros também
têm público no Exterior. (C.A.C.)
|