
Televisão
Lindo
e com carisma de bom moço
Sucesso entre as mulheres, Reynaldo Gianecchini multiplica seu cachê,
diz que não se acha bonito e conta como é a convivência com Marília
Gabriela
Rosângela
Honor
Foto:
André Durão
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“Queria
derrubar o Giane. Fiz o que pude, mas ele é bom”, brinca o
diretor Ricardo Waddington
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Mesmo
assim, antes de ser aprovado, passou por três baterias de
testes. Primeiro com os concorrentes, depois em cenas com Vera Fischer
e, por último, com Carolina Dieckmann. Minha intenção
era derrubar o Giane, fiz o que pude para dificultar, mas ele é
bom, brinca o diretor. O ator conta que percebeu a preocupação
de Waddington na época dos testes. Ele deve ter chamado
o Maneco de louco, imagina Gianecchini, ao lembrar que o autor
Manoel Carlos foi o primeiro a lhe dar um voto de confiança
ao ver seu teste de vídeo. Hoje, o diretor não tem
dúvidas de que a carreira do estreante na tevê não
será passageira. Vislumbra até possibilidades internacionais
para o ator. Argumenta que Gianecchini fala inglês fluentemente
e tem cara de bom moço. Não é um entusiasmo
gratuito, ele tem carisma, arrisca Waddington. A beleza e
o estilo de Giane provocam delírio feminino por onde ele
passa. No MorumbiFashion, mesmo desfilando de camiseta e bermuda,
ele causou o maior frisson da temporada. Eu me senti mais
despido do que se estivesse de sunga, contou o ator, que se
recusou a subir à passarela usando roupa de banho.
CACHÊ
de R$ 25 mil Antes de estrear na televisão seu cachê
para participar de um evento do porte do MorumbiFashion oscilava
entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil. Com a novela, saltou para perto dos
R$ 25 mil. Embora já tenha experimentado o sabor do sucesso
como modelo, Gianecchini vem conhecendo também os dissabores
da fama repentina. Desde a estréia da novela, sua vida pessoal
vem sendo devassada. Quero me preservar, não sou deslumbrado
e não tenho vontade de ficar aparecendo, diz.
Sua
queixa principal é em torno de seu casamento com a jornalista
Marília Gabriela. Os dois estão juntos desde julho
de 1998, quando se conheceram em Paris, através de um amigo.
Eu tenho orgulho da mulher que tenho e sou apaixonado por
ela, derrete-se. Marília está cada vez
mais linda e estou me sentindo mais seguro, adulto, completa.
Gianecchini, 27 anos, e Marília, 52, se acostumaram com o
espanto em torno da diferença de idade entre os dois e tiram
de letra situações embaraçosas. Já perderam
a conta do número de vezes em que foram parados na rua. As
pessoas elogiam o programa dela e dizem: que filho lindo você
tem, diverte-se. Nós damos muitas risadas porque
não temos nenhum problema em relação a isso,
afirma. A mãe de Giane, dona Heloísa, 57, também
não vê problemas. Não acho que idade tem
importância, quero que ele seja feliz, afirma. Adoro
a Marília, a considero uma mulher muito inteligente,
elogia Roberta, 30 anos, irmã do ator.
O
novo galã da Globo sempre foi um adolescente tímido.
A engenheira Marilza Carmeloz, 27 anos, sua amiga de infância,
conta que Gianecchini sempre foi ótimo aluno e ganhou viagens
como prêmio no colégio. Era também o mais bonito
e paquerado, principalmente no Colégio Stélio Machado
Loureiro, onde os dois cursaram o 1.º grau. Quando ele
gostava de alguém ia atrás, mas não fazia o
tipo namorador, defende. Mas para os outros rapazes, Giane
sempre foi um incômodo. Sair com ele era uma roubada,
as meninas queriam chamar a atenção dele, diz
o administrador de empresas Celso Fernando Ieiri, 29 anos, um dos
seis colegas que morou com o ator numa república em São
Paulo, durante o curso de Direito.
Celso conta que, na época, todos os rapazes eram escalados
para cozinhar uma vez por semana. Como Gianecchini cozinhava mal,
sempre era escolhido para os finais de semana. Assim a gente
conseguia escapar da sua comida, brinca. Mas ele era
o mais tranqüilo dos sete. Estava sempre no quarto lendo ou
ouvindo músicas. Seu ponto fraco, diz o amigo de faculdade,
só se revelava na hora de dormir. Giane roncava demais.
Até fazíamos revezamento porque ninguém queria
dividir o quarto com ele, conta Celso.
Mesmo
que a beleza tenha sido sua marca registrada a vida inteira, Giane
até hoje diz que não se acha bonito. Nada é
perfeito no meu corpo. Tenho narigão e sou meio magrinho.
Mas gosto do conjunto e sou feliz por isso, diz o ator. Para
o estilo de bom moço, essa autodefinição cai
bem. E garantindo que sua beleza interior também conta, ele
tenta de novo: Tenho uma onda interna, uma energia, um astral
legal. Sou dado e carinhoso com as pessoas. Se fosse um entrevistado
da mulher, Marília Gabriela, em seu famoso bate-bola na tevê,
e tivesse que escolher um único termo para se definir, o
ator arriscaria: Carisma talvez seja a palavra.
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