
Cláudia
Jimenez
“Nunca
vivi um romance com um homem”
Em
sua casa no Rio, a atriz se diverte saindo do armário e diz que
quer ser mãe: “Filho tem que ser resultado da relação entre homem
e mulher. Se não chegar a viver isso, não serei mãe”
Rosangela
Honor
Fotos:
Leandro Pimentel
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“Avaliei
o estresse que iria enfrentar e recusei o convite
para voltar ao Sai de Baixo. Quando saí, disseram até
que maltratei a camareira”
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Como
foi o período pós-cirurgia?
Sofri muito. É muito difícil. De repente você
está bem em casa e algumas horas depois estão te abrindo
o peito. Depois descobre que tem cinco pontes de safena. É
muito violento. Você se sente um motor retificado, sabe que
não é mais zerinho. É doloroso. Acordei no
CTI cheia de tubos, dois drenos enfiados no tórax e depois
tirados a sangue frio. Passei meses sem poder respirar direito porque
doía. Infelizmente eu precisei dessa trombada para poder
acordar.
Que
pessoas te ajudaram naquele momento?
Primeiro, minha família. Tenho quatro irmãs, uma mãe
e sobrinhos maravilhosos. Somos muito grudados. Depois a Stella
Torreão (personal trainer) que na época estava cuidando
dos meus exercícios. Ela cuidou muito de mim, me deu banho,
fez curativos, tudo o que ela pôde fazer, ela fez. Também
tive muitos amigos como a Zélia Duncan e o Victor Fasano.
Em
uma entrevista você disse que devia grande parte de sua recuperação
ao seu amor. A quem você estava se referindo?
Eu teria que falar de uma outra pessoa e não sei se essa
pessoa quer fazer parte dessa entrevista. A artista sou eu. Mas
foi fundamental saber que ia sair dali e que meu amor estava esperando.
Foi muito bom.
Tem
vontade de ter filhos?
Tenho, três. Duas meninas e um menino. Adoro criança.
Mas eu sou muito careta. Acho que filho tem que ser resultado de
uma relação de amor entre um homem e uma mulher. Se
não chegar a viver isso na minha vida, não serei mãe.
A não ser que depois eu adote crianças que não
têm mãe, nem pai. Como vi a Sílvia Poppovic
ter uma filha aos 43 anos, e eu tenho 41, estou podendo ainda. Tenho
esperança de ser amada por um homem o bastante para querer
ter um filho dele.
Você
disse que nunca viveu relacionamentos com homens?
Eu não tive porque os homens sempre me rejeitaram. Eu nunca
fui paquerada por um homem, nunca fui cobiçada por eles.
Acho também que nunca tive cacife para conquistar um homem
e hoje sinto que tenho. A gordura abalava muito minha auto-estima.
Fui uma adolescente muito complicada, fui rejeitada, os meninos
não queriam dançar comigo nas festinhas. Agora me
sinto com cacife.
O que mudou?
Estou sendo paqueradíssima... Quero viver uma coisa real
e verdadeira. Eu já me apaixonei por muitos homens, eles
é que nunca chegaram em mim.
Pode
citar algum?
O Jorge Fernando é um deles. Eu já fui apaixonada
pelo Jorginho, e ele sempre me dizia: Cláudia, não
adianta. Vê se você enxerga... Há alguns
homens pelos quais eu sempre tive muito tesão, como o Eduardo
Dusek. Agora o Lenine é que é meu tesão...
Você
se sente uma mulher mais bonita?
Eu não me acho mais bonita. A questão da sexualidade
vem muito pelo intelecto. Você não admira uma pessoa
só porque ela é bonita. O tesão vem num todo.
Gordinha eu continuo e a cara é a mesma da adolescência.
Mas eu me tornei uma mulher muito mais interessante e capaz de suscitar
uma paixão do que eu era quando garota.
Como
está sua relação hoje com a Globo?
Fui injustiçada pela produção e direção
do Sai de Baixo e não pela direção da
Globo. Tanto que eu saí do programa mas não saí
da emissora. Sou contratada há 22 anos. Ganhei maturidade
para entender que se, neste momento, o espaço que tenho é
o Zorra Total, ótimo.
Mas
existem outros planos?
O Sílvio de Abreu está escrevendo uma novela e já
me convidou. Está criando uma personagem especialmente para
mim. A novela é para 2001 e será dirigida pelo Jorge
Fernando.
Você pretende fazer plástica?
Quando minha cirurgia completar um ano, vou sair acertando tudo.
Estou emagrecendo muito. Já perdi 20 quilos, mas tenho que
perder mais seis. Vou dar uma esticada.
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