Divulgação
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Os
personagens Túlio e Miguel: aventura e muita risada na terra
dos astecas
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N
inguém
vai a um desenho animado com espírito de quem assiste a uma
aula de história. Ainda bem, porque algumas liberdades com
os fatos reais arrepiam os cabelos de qualquer professor. Mas, se
o caso é diversão de férias, O Caminho de
El Dorado, da Dream Works, cumpre o que promete.
Com
um visual multicolorido para recriar a América pré-colombiana,
o filme convoca uma dupla de heróis tão malandros
quanto irresistíveis, os aventureiros espanhóis
Túlio (voz de Kevin Kline) e Miguel (Kenneth Branagh).
Depois de embarcar como clandestinos num navio que ruma para o
novo continente, eles caem no mar para salvar Altivo, o tinhoso
cavalo do conquistador Cortês. Acabam numa praia, de onde
descobrem o caminho para a lendária El Dorado, a cidade
do ouro que todos os europeus procuram.
Por
causa da companhia do cavalo, animal desconhecido pelos astecas,
e também pela falsa impressão de que são
capazes de controlar a erupção
de um vulcão, os dois malandros são confundidos
com deuses. Ganham casa, comida e, de quebra, uma sinuosa companhia
feminina, a nativa Chel.
Chel
tem mais afinidades com os mentirosos do que se imagina. Cansada
da vidinha na tribo, a moça está a fim de dar o
fora. Assim, ajuda os falsos deuses a armar uma jogada que permitirá
a todos partirem num barco cheio de tesouros. Antes que a operação
se cumpra, porém, eles vão se divertir
de montão. Uma das seqüências mais hilariantes
está num jogo de bola ao
arco com toda a cara de ser a origem do basquete. Aí, Túlio
e Miguel conseguem dar um show depois da providencial ajuda de
um tatu que se faz de bola e entra no arco toda vez que eles querem.
Nesta
descontraída celebração da malandragem latina
na visão dos anglo-saxões, pelo menos
não faltam os momentos de tensão quando, finalmente,
os impiedosos colonizadores de Cortês seguem os passos de
Miguel e Túlio. Aí, o filme transborda sua dose
de adrenalina e cumpre o ciclo de toda boa aventura.
Divertido
samba do espanhol doido