
por
Marcelo Zanini
Walter
Matthau
Ator americano, que costumava dizer que tinha
um rosto cômico, morreu aos 79 anos
Reuters
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Walter
Matthau: divertido
dentro e fora das telas
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Walter
Matthau foi levado na madrugada de sábado 1o ao St. Johns
Health Center em Santa Monica, nos Estados Unidos. Morreu pouco
depois, vítima de um enfarte, aos 79 anos. Em 1966, Matthau
sofrera um ataque cardíaco e crises de pneumonia. Um dos
reis da comédia, o ator americano atuou em mais de 45 filmes
e costumava dizer que tinha um rosto cômico. Começou
a carreira depois de participar da Segunda Guerra Mundial, mas desde
a infância mostrava dotes artísticos.
Aos sete anos, lia peças de Shakespeare. Brilhou como o velhinho
de Dois Velhos Rabugentos, em 1993, contracenando com o parceiro
e amigo Jack Lemmon. A dupla tinha atuado em O Estranho Casal,
em 1968, filme que projetou Matthau. Dois anos antes, o ator já
havia ganhado seu primeiro Oscar como coadjuvante, por Uma Loura
por um Milhão. O último trabalho foi em Linhas
Cruzadas, ao lado de Meg Ryan. Filho de imigrantes judeus-russos,
nasceu em Nova York e chamava-se Walter Matuchanskayasky. Deixa
três filhos.
Vittorio
Gassman,
lendário ator genovês, morreu na
quinta-feira 29, aos 77 anos.
Contemporâneo
de Marcello Mastroianni, foi vítima de uma crise cardíaca. De 1946
a 1999, Gassman participou de 124 filmes. Entre os trabalhos mais
conhecidos estão os filmes dirigidos por Mario Monicelli. Desta
parceria, destaca-se o clássico O Incrível Exército de Brancaleone
(1965). Outro grande papel foi o cego que viveu em Perfume de
Mulher (1974), personagem mais tarde interpretado por Al Pacino
em refilmagem de Hollywood. Conhecido pelas comédias no cinema,
Gassman foi ainda um grande ator dramático nos palcos. Também escreveu
peças de teatro e a autobiografia Um Grande Futuro pelas Costas.
Deixa quatro filhos.
Fernando
Leandro,
presidente da escola de samba carioca
Caprichosos de Pilares, morreu aos 73 anos, de enfisema, no domingo
2.
Ele
entrou na Caprichosos em 1981 e por 12 anos foi presidente da escola.
Com o samba-enredo A Visita da Nobreza do Riso a Chico Rei num
Palco Iluminado, em 1984, Leandro foi obrigado a prestar depoimento
ao SNI. Foi deputado pelo PMDB no governo Moreira Franco. Chegou
a ser ameaçado de perder o mandato por causa de seus enredos
políticos. Seu único filho Albertinho, vice-presidente
da escola, assume o lugar do pai. Mesmo doente, Leandro freqüentava
os ensaios e apoiava os preparativos do Carnaval de 2001.
Paulo
Gil Soares,
assistente do cineasta Glauber Rocha
nos anos 50, morreu de causa desconhecida na quarta-feira 28, aos
65 anos. Nos anos 50, o jornalista baiano foi parceiro do cineasta
Glauber Rocha.
Gil
Soares foi assistente de direção, co-roteirista, cenógrafo e figurinista
do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, em 1963. Ficou conhecido
por criar e dirigir o programa Globo Repórter nos anos 70.
Há um mês, se aposentou como diretor da Divisão de Projetos Comunitários
Especiais da Rede Globo. Deixa uma filha.
Oswaldo
Evangelista Faria,
radialista esportivo, morreu aos
69 anos na tarde de sexta-feira 30, após cirurgia para a retirada
de pedra na vesícula.
Em
30 anos de profissão, sempre trabalhou em rádio, onde foi locutor,
apresentador, repórter de campo e narrador esportivo. Cobriu 10
Copas do Mundo. Conhecido pelas polêmicas de seus comentários nas
transmissões, o radialista mineiro chegou a ser ameaçado de morte
várias vezes por torcedores. Em viagem de férias a Paris, Faria
foi internado às pressas na quarta-feira 28. O radialista teve problemas
pós-operatórios e faleceu naquele país. Deixa três filhos.
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