
por
Marcelo Zanini
Mila
Moreira
Divulgação
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Em 1970, Mila Moreira em seu auge como manequim. Hoje, aos
53 anos, aprecia desfiles da platéia enquanto faz sucesso
como atriz: “A tevê não sobrevive sem rostos bonitos. É um
mal necessário”
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Numa
época em que o preconceito familiar e salários nem
tão milionários permeavam a profissão de modelo,
a paulistana Mila Moreira foi uma pioneira. Estampava capas de revistas,
anúncios e editoriais de moda.
Começou
em 1963 e, por 11 anos, foi manequim exclusiva da tecelagem Rhodia.
Na foto, tirada em 1970, Mila, então com 23 anos, posava
com a matéria-prima da indústria de tecidos.
Ganhava
bem para os padrões da época. Eu trabalhava
muito, não sabia o que era feriado. Se fosse hoje, estaria
milionária, afirma.
Depois
do sucesso nas passarelas, Mila abriu, em 1974, uma agência
de modelos que não vingou.
Em
1979, trabalhou como produtora da Rede Bandeirantes. Dois anos depois,
foi convidada para a novela Marrom Glacê, na Rede Globo,
em sua estréia como atriz vivendo a personagem Érica.
Sou uma das precursoras do mundo fashion a trabalhar em novelas,
diz. Desde então, já acumula 18 novelas em 19 anos
como atriz. Hoje, aos 53, Mila mantém a mesma elegância
dos tempos de manequim. Nunca mais pisou profissionalmente uma passarela.
Ainda contratada da Globo, aguarda o início das gravações
da minissérie Os Maias. Sobre a invasão de
modelos na tevê, Mila tem a resposta na ponta da língua:
A tevê não sobrevive sem rostos bonitos.
É um mal necessário.
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