Décio
de Almeida Prado
Professor, ensaísta,
autor de 13 livros e crítico mais respeitado do teatro no
Brasil, "doutor Décio" morre aos 82 anos
Foto:
Leonardo Carneiro
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Décio
de Almeida Prado era uma das poucas unanimidades no teatro
brasileiro. Em seus 22 anos como crítico e 30 como professor,
o "doutor Décio", como era conhecido no meio, foi saudado
tanto pela perspicácia quando pelo estilo. "Irretocável e
elegante", na definição da crítica Barbara Heliodora. Descendente
de plantadores de café do interior de São Paulo, Décio escreveu
13 livros, como o recente História Concisa do Teatro Brasileiro
(1999), e foi crítico de teatro no jornal O Estado de S. Paulo
de 1946 a 1968. Poeta amador, amante do futebol, ele integrou
a primeira turma da Universidade de São Paulo, onde se formou
em Filosofia e Ciências Sociais. Voltou à USP como professor
em 1968, ano em que abandonou a crítica teatral.
Ele morreu de enfarte na sexta-feira 4, em sua casa no bairro
do Pacaembu, São Paulo, aos 82 anos. Estava diabético e com
dificuldades para se locomover. Seu corpo foi cremado no cemitério
da Vila Alpina na sexta-feira 4. Suas cinzas serão levadas
para São Joaquim da Barra (SP), onde estão sepultadas sua
mãe e sua mulher. "Foi o pedido de meu pai, que desejava ficar
ao lado delas", disse Rodrigo de Almeida Prado. Deixa também
a filha Sílvia e seis netos.
Luciano
Heitor Beiguelman, delegado coordenador do Grupo de Operações
Especiais (GOE) de São Paulo, morreu ao reagir a um assalto
na quarta-feira 2 no bairro do Itaim-Bibi, aos 31 anos.
Atingido por quatro tiros de pistola e metralhadora, o delegado
foi levado ao Hospital São Luiz, mas não resistiu. Ele coordenava
o GOE, uma equipe policial de elite de 150 homens, desde 1997.
Beiguelman foi sepultado na quarta-feira 2, no Cemitério Israelita
do Butantã..
Marcelo
"Pirelli" Gonçalves, campeão brasileiro de boxe na categoria
peso leve, morreu no sábado 5 assassinado com dois tiros quando
ia de motocicleta para sua casa em Santos, aos 26 anos.
Ele iria neste mês para o México treinar para a disputa do
título mundial de sua categoria pela Associação Mundial de
Boxe. O autor dos disparos não foi identificado. Marcelo foi
enterrado no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, que o
patrocinava como boxeador.
Pablo
Calvo, ator espanhol eternizado por seu personagem lacrimoso
no filme Marcelino Pão e Vinho, do diretor húngaro Ladislao
Vadja, morreu na quarta-feira 2 vítima de um derrame cerebral,
aos 54 anos. Ele estava internado havia uma semana em
uma clínica de Alicante, Espanha. Conforme seu desejo, foi
cremado na quinta-feira 3. Em 1954, "Pablito" foi o escolhido
entre centenas de pretendentes ao papel do menino que fala
com uma imagem de Jesus e a alimenta com pão e vinho. Apesar
de ter atuado em dois outros filmes, ele abandonou o cinema
e tornou-se corretor imobiliário. Deixa mulher e um filho.
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