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Canavial
de Paixões: interpretações
razoáveis e mais cuidado |
O
nome da novela é brega, o tema de
abertura, mais ainda, sem falar nos diálogos, que nunca se
livram do tom mexicano, mas a
teledramaturgia do SBT melhora a cada
tentativa. É essa sensação que deixou o primeiro
capítulo de Canavial de Paixões, mais uma adaptação
de produções da Televisa.
A história se desenrola ao redor de uma usina açucareira
e de fazendas de cana-de-açúcar. Amador (Victor Fasano)
é o dono da empresa, infeliz no casamento com a arrogante
Teresa (Débora Duarte). Seu melhor amigo é Fausto
(Jandir Ferrari), apaixonado por Débora (Claudia Ohana).
A harmonia desse casal, porém, começa abalada por
traições e inveja. A novela terá duas fases
e, no futuro, as intrigas vão afetar a vida dos filhos desses
personagens.
Silvio Santos tem investido no filão, e suas tramas estão
com um ar mais profissional, interpretações bem razoáveis
e cuidado com a fotografia. Com um elenco recheado de ex-globais,
o folhetim pode não possuir a riqueza de cenários
e figurinos da concorrente, porém em alguns momentos consegue
deixar o espectador com a impressão de estar vendo uma cena
de uma novela das seis da Globo. Pode ser um começo, mas
não a solução. O SBT tem tudo para criar sua
própria linguagem em teledramaturgia, como fez a finada Manchete,
com Pantanal, nos anos 90. Pode dar um bom caldo
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