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Margarida
Rebelo Pinto: glossário de
gírias portuguesas no final do livro
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Ela
é a Carrie Bradshaw de Portugal. Assim como a personagem
do seriado de televisão Sex and the City,
Margarida Rebelo Pinto, 38, é famosa por sua coluna
sobre relacionamentos no jornal. Para divulgar Não
Há Coincidências (Record, 286 págs.,
R$ 35), primeiro de seus romances editado por aqui, ela
veio ao Brasil. Em entrevista, a autora falou sobre o livro,
moderno, inteligente e recheado de gírias portuguesas,
que requerem uma visita ao glossário no fim das páginas
para serem entendidas.
Vera,
a protagonista, tem muito de você?
Como ela, fui publicitária e jornalista. Ela é
um pouco o que
eu era há 7, 8 anos: solteira, que sonhava em ter
filhos. E também tive um amor impossível.
De
onde mais tira as situações?
A história do namorado gay, por exemplo, foi vivida
por
uma amiga. No livro há nove narradores, porque gosto
de escrever em primeira pessoa e posso colocar a experiência
dos homens também.
Como
faz para saber o que passa na cabeça dos homens?
Imaginar isso é a parte mais divertida do trabalho.
Sempre fui rebelde e andei com uma turminha de rapazes.
Me tratavam como se fosse um deles. E me habituei a escutar
suas histórias, aprendi muito sobre o universo masculino.
O
que acha de ser comparada com Bridget Jones?
Somos completamente diferentes. Meu livro também
é leve
e divertido, mas coloca para pensar. E sou uma mulher latina,
falo mais com o coração.
Ajudou
a editora brasileira a fazer o glossário de gírias?
Sim. Quando vi a lista enorme de palavras que me enviaram
para dar o significado, tomei um susto. Não fazia
idéia de quanto minha narrativa é idiomática.
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