Quando
Picasso pintou Les Demoiselles d’Avignon, em
1907, trocando o rosto de uma mulher pelo de uma máscara
do Congo, abriu a fase revolucionária da arte moderna.
As máscaras africanas exerceram o mesmo poder de
encantamento sobre Matisse, Giacometti e os artistas do
expressionismo alemão, que nos anos 20 elegeram o
acervo de arte africana do Museu Etnográfico de Berlim
como fonte de inspiração e local de estudos.
Hoje, um conjunto considerável de 300 peças
desse museu forma a exposição Arte da África,
em cartaz no CCBB-Rio. “A arte africana foi ponto
de referência para a arte moderna e continua sendo
uma fonte de inspiração para muitos artistas
contemporâneos”, diz Alfons Hug, idealizador
e coordenador da mostra, que traz obras de 31 países
da África subsaariana.
Diversos segmentos da cultura brasileira também podem
encontrar motivos de sobra para se identificar. A começar
pela coleção de instrumentos musicais. A exposição
é dividida em três eixos temáticos:
esculturas figurativas, objetos cotidianos e instrumentos
de performance. Todas as obras são dotadas de funções,
sejam religiosas, sociais ou políticas. As famosas
máscaras, por exemplo, são integrantes das
artes performáticas. Nesta exposição,
elas poderão ser vistas também em ação,
em um filme de desfile de máscaras do Reino Oku,
em Camarões. Encontre suas raízes
Centro
Cultural Banco do Brasil Rio –
rua Primeiro de Março, 66, Rio,
tel. (21) 3808-2020. Até 4/1/2004.
CCBB Brasília – de 19/1 a 21/3.
CCBB-SP – de 28/1 a 28/3.
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