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Bruce
Willis e Monica Bellucci em Lágrimas
do Sol: americanos salvam a pátria de novo
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Explosões,
tiros, lutas, claro que há tudo isso no novo longa de Bruce
Willis, Lágrimas do Sol. Mas a produção
dirigida por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) pretende
mais do que pirotecnia. Sua inten-
ção é ser sanguinário e humanitário
ao mesmo tempo. Tentativa arriscada que resulta num filme híbrido,
sem identidade.
O
tenente da Marinha A. K. Walters (Willis) é enviado para
uma missão na Nigéria, dominada por um novo regime,
que está matando todos que não seguem a mesma religião
do ditador. Junto com seu esquadrão de elite, o comandante
deve resgatar a doutora Lena Kendricks (Monica Bellucci) e alguns
religiosos que estão fazendo trabalho voluntário com
aldeões.
A
médica só aceita deixar o local se levar 70 refugiados.
Em princípio, Walters recusa a condição, depois
finge aceitar. Ao final, desrespeita as ordens recebidas e leis
diplomáticas para salvar a todos. Atravessando a selva em
direção à fronteira e combatendo o exército
do regime, os soldados se envolvem e se emocionam com os massacres
étnicos que presenciam. Mas a razão de um ato tão
heróico do tenente nunca fica muito clara: paixão
pela estonteante doutora ou sensibilidade à causa dos pobres
africanos?
Impossível
ainda não fazer o paralelo com a intervenção
dos Estados Unidos no Iraque. E, mais uma vez, a propaganda é:
os bons americanos agem para salvar um povo sofrido e subjugado.
Lágrimas de crocodilo
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