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Aos
Treze: sexo, drogas & hip-hop
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Poucos
retratos sobre a adolescência resultaram tão realistas
e incômodos quanto Aos Treze, que marca a estréia
da diretora Catherine Hardwicke. Ela escreveu o roteiro em parceria
com a jovem Nikki Reed, à época com apenas 13 anos e
filha de um hoje ex-namorado da cineasta.
A
trama reconstitui experiências reais de Nikki, que era uma
estudante exemplar até se tornar amiga da garota mais popular
da escola. Para ser aceita “pelos bons”, a jovem se
entrega ao sexo, drogas & hip-hop. No filme, Nikki interpreta
Evie Zamora, a má influência, enquanto a loira Evan
Rachel Wood encarna a adolescente em perdição, aqui
chamada de Tracy. A atuação de ambas é admirável.
Holly Hunter (O Piano) fecha o triângulo protagonista
no papel da mãe de Tracy, que fica desnorteada com a transformação
da filha.
Hunter
arrebatou o Leopardo de Prata de melhor atriz no festival de Locarno,
evento no qual a obra também foi laureada com o prêmio
especial do júri. Já Hardwicke foi votada a melhor
diretora no festival de Sundance. Esse reconhecimento faz jus a
um trabalho inquietante e poderoso, que deve ser visto por pais
e não só pelas filhas. Afinal, a busca pela aceitação
na adolescência é um delicado impasse que atinge (ou
atingiu) a todos. Para filhas e pais
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