Para
quem publicou um livro com fotos no mínimo ousadas,
dançou coreografias e gravou videoclipes com referências
sadomasoquistas e lésbicas, provocou o Vaticano mais
de uma vez e deu inúmeras declarações
polêmicas, uma graciosa série de livros infantis
não parece se encaixar na biografia.
Mas, quando se fala de Madonna, isso é inteiramente
possível. Estrela maior do mundo pop, ela não
se cansa: é uma camaleoa e sempre faz bem, muito
bem, todos os projetos a que se propõe. Por mais
antagônicos que sejam.
É isso que se vê, mais uma vez, com o lançamento
mundial de As Rosas Inglesas (Rocco, 48 págs.,
R$ 32), a primeira das cinco histórias destinadas
a crianças que a cantora inventou quando colocava
os filhos, Lola e Rocco, para dormir.
Mamãe Madonna se revelou uma contadora de fábulas
bem-humoradas, com direito a fada madrinha e lições
de moral.
Em As Rosas Inglesas, quatro amigas, Nicole, Amy,
Charlotte
e Grace, vivem grudadas, mas nunca chamam Binah para brincar.
Sentem inveja da vizinha, que é muito bonita e inteligente.
Ao final, aprendem que é bobagem querer ser
outra pessoa ou ter algo que ela tem.
“Os livros lidam com temas que criam conflitos para
todas as crianças. Espero que haja uma lição
em cada um que as ajude
a transformar situações assustadoras ou dolorosas
em experiências engrandecedoras”, declarou a
autora. Cada volu-
me terá história, cenário, personagens
e ilustrador diferentes. No primeiro, os desenhos ficaram
a cargo de Jeffrey Fulvimari, renomado por trabalhos com
moda.
No jardim-de-infância com Madonna
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