Fagner
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Hoje, aos 53 anos, o compositor cearense lança CD em parceria
com Zeca Baleiro |
Fagner
ficou meio cabreiro quando o amigo Dominguinhos o chamou para
defender uma canção no Festival de Música
Popular da TV Tupi, em São Paulo, em 1979. A era dos
festivais que sacudiu a MPB no final da década de 60
e início dos 70 mostrava-se saturada, enfraquecida.
De cara, o cantor e compositor cearense reconheceu o potencial
de “Quem me Levará Sou Eu”, parceria de
Dominguinhos e Manduka, mas mesmo assim resistiu bastante
a mergulhar na empreitada. “Já tinha participado
de muito festival. Não estava a fim. Resolvi
conhecer primeiro as adversárias para dar a resposta
e só entrei nas semifinais”, relembra Fagner,
que, na época, tinha 29 anos e era sucesso nas rádios
com “Revelação”.
“Quem me Levará Sou Eu” conquistou o público
que lotou o Palácio das Convenções do
Anhembi e sabia cada verso na ponta da língua já
nas semifinais. “Nesse momento, tive certeza de que
a gente poderia ganhar. A canção tinha força,
tinha cara de festival”, diz Fagner, que derrotou concorrentes
como Oswaldo Montenegro, Jards Macalé e Walter Franco.
Quase 24 anos depois, o cearense se trancou em seu estúdio
de Fortaleza com o maranhense Zeca Baleiro e o resultado é
o CD com o nome da dupla que acaba de chegar às lojas.
“Somos amigos há dois anos, temos sete parcerias
e fizemos shows no ano passado. Esse CD é a maturidade
do nosso encontro”, afirma Fagner, aos 53 anos,
e longe da obviedade dos sucessos que marcaram sua carreira
na década de 80.
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