Um dos artistas plásticos brasileiros mais festejados
no ex-
terior, Vik Muniz desembarca para uma temporada de expo-
sições no Brasil. Conhecido por recriar, usando
materiais inusitados, imagens comuns ou históricas,
ele apresenta em
São Paulo obras inéditas intituladas Trabalhos
Monádicos e Fotografias. No Rio, exibe
Personalidades em Revista, reproduções
do rosto de famosos como Pelé e Lula. À
Gente, Vik falou sobre seu trabalho.
No
que diferem esses dois trabalhos?
Eles mostram um pouco como funciona
meu trabalho. Há os trabalhos em série, como
Personalidades, e outros mais rápidos, sem
estrutura, como as peças que estão em São
Paulo, que faço quando preciso de férias das
séries.
Como
é a sua coleção de fotos, de onde tira
as imagens para trabalhar?
Há 15 anos, coleciono álbuns
de família. Tenho mais de dez
mil fotos que compro em brechós e organizo em grupos:
homens de cabeça cortada, mulheres sentadas em canhão
etc. Percebi que todos são muito iguais. Os personagens
são os mesmos, mudam os atores.
Compra
sempre com o intuito de usar na sua arte?
Não. É uma maneira de estudar a foto como
parte da vida da gente. E quando estou desenhando, fico
intuindo sobre o personagem, criando uma novela.
Passou
a ser mais reconhecido no Brasil depois do sucesso no Exterior?
Acho que foi simultâneo. Antes,
havia preconceito no Brasil em relação ao
objeto fotográfico como obra de arte.
Galeria
Fortes Vilaça
R. Fradique Coutinho, 1.500, tel. (11) 3032-7066.
Paço Imperial – pça. 15 de Novembro,
tel. (21) 2533-4407.
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