O
sucesso quase instantâneo pode ter subido à
cabeça raspada de Vin Diesel: depois de Velozes
e Furiosos (2001), ele foi alçado, como protagonista
de Triplo X (2002), à condição
de nova esperança entre os atores sarados de ação.
E bota sarado nisso! Certo de que seu cacife e seus músculos
garantiriam qualquer projeto, ele volta agora como astro
e co-produtor de O Vingador, a típica história
da justiça tomada nas próprias mãos.
Ele é o policial californiano Sean Vetter, que, depois
de capturar um lorde das drogas que perseguia havia sete
anos, testemunha o assassinato de sua mulher. Sem razão
para continuar vivendo, ele se joga com fúria e descontrole
na missão de vingá-la e, no processo, derrubar
um novo cartel de drogas que estaria se formando.
A história não tem nada de nova, mas é
apresentada aqui de forma a agradar aos espectadores, principalmente
os do sexo masculino, que gostam de filmes explosivos e
sanguinolentos.
É testosterona pura. A violência gráfica
salta aos olhos, a perversidade do narcotráfico é
explorada de forma sensacionalista, e o ser humano parece
não ter salvação. O
que pode incomodar os fãs da virilidade dramática
é a tragédia pessoal do protagonista, que
ocupa muitos minutos, das
quase duas horas de duração do filme, com
tentativas de interpretação por parte de Vin
Diesel. A fórmula não pedia
tanto esforço. Sarado e descontrolado
|
|