É
a terceira vez que Selton Mello trabalha com Guel Arraes
no cinema. Nas duas primeiras, as minisséries O
Auto da Compadecida e Caramuru – A Invenção
do Brasil foram transformadas em filme. Agora, o ator
filmou especialmente
para o cinema, depois de fazer a versão teatral da
obra.
Selton Mello falou a Gente sobre o trabalho.
Como
se sente sendo o ator preferido de Guel Arraes?
Me sinto muito honrado. Antes de trabalhar com o Guel, já
era fã de programas como Armação
Ilimitada e TV Pirata. Comecei a trabalhar com
o Guel em Comédia da Vida Privada. Se eu trabalhar
só com ele, serei feliz.
Guel
Arraes está propondo o cinema popular brasileiro.
Acha fundamental para o crescimento dos filmes nacionais?
Acho que tem que ter de tudo. É preciso filmes legais
e
bem realizados. É importante ter produções
populares como Lisbela e o Prisioneiro, mas também
que o Julio Bressane continue fazendo seus filmes.
Como
vê esse intercâmbio entre cinema e televisão?
A tevê tem talento para a comunicação,
e o namoro com
o cinema é bom no sentido de fazer com que mais gente
veja cinema. Mas tem que ser feito com cuidado. Não
é
todo trabalho de tevê que pode ser transformado em
cinema, senão vira festa.
Tem
interesse em voltar a fazer novela?
Tenho. O problema é que o que mais fiz na minha vida
foi novela. Estou completando 20 anos de carreira. Então
é natural que eu queira fazer mais teatro e mais
cinema.
Mas é inevitável fazer novela no Brasil.
Você
é romântico?
Acho que sim.
Largaria
tudo por um amor?
Acho difícil. Não sei, nunca vivi isso.
Mas vai que eu vivo (risos).
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