Cerca de 50 mil pessoas devem prestigiar entre os dias 17
e 27 de julho a 21ª edição do Festival
de Dança de Joinville, o maior do Brasil e um dos
mais importantes da América Latina. A programação
do evento, que neste ano contará com 4 mil participantes,
inclui apresentações de grandes companhias,
oficinas, mostras paralelas e competições.
Entre os destaques do festival, que contabiliza a participação
de um total de 70 mil profissionais e estudantes da área
e público superior a um milhão de pessoas,
está a apresentação da nova versão
de O Grande Circo Místico, do Ballet do Teatro
Guaíra, de Curitiba, que volta aos palcos 20 anos
após sua estréia. Baseado no poema escrito
pelo alagoano Jorge de Lima em 1938, o espetáculo
reconta uma história que começou em 1800,
em Viena, quando o estudante de medicina Fréderic
Knie se apaixonou por uma acrobata. Em 1806, Knie fundou
sua própria companhia de circo, que hoje está
na sexta geração e é uma das mais famosas
do mundo. Escolhido para abrilhantar a primeira noite do
evento, o espetáculo conta com 34 bailarinos e resgata
uma das obras mais importantes escritas para uma companhia
nacional, com trilha musical assinada por Chico Buarque
e Edu Lobo, e assistida por mais de 200 mil pessoas na década
de 80. Além da diretora Suzana Braga, o espetáculo
conta com a participação do coreógrafo
argentino Luís Arrieta.
A Noite de Gala do festival, no dia 22, será reservada
à apresentação de dois espetáculos
do Balé Teatro Castro
Alves. Fundado em 1981, em Salvador, o grupo consolidou-se
como uma das companhias mais importantes do País
e é comandado pelo coreógrafo Antonio Carlos
Cardoso. Com um elenco de 16 bailarinos, O Arquivo e
a Missão é resultado de pesquisas etnográficas
e musicais realizadas no Brasil entre 1928 e 1940. Em Pracatum,
os bailarinos reverenciam uma
Bahia dançante e feliz, conduzindo a platéia
a um ambiente onírico de sons, luzes e movimentos.
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